Abismo fiscal nos EUA deve manter dólar volátil
A moeda norte-americana pode abrir em leve baixa ante o real, em meio aos ganhos das commodities, após os dados de atividade industrial na China e na zona do euro melhores do que o esperado
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 08h23.
São Paulo - O dólar deve se manter volátil nesta sexta-feira no mercado de câmbio doméstico. A moeda norte-americana pode abrir em leve baixa ante o real, em meio aos ganhos das commodities, após os dados de atividade industrial na China e na zona do euro melhores do que o esperado.
Contudo, o impasse sobre como evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos, uma combinação de aumento de impostos e corte de gastos programados para começar no início de janeiro, e ainda a perspectiva de que a demanda interna por dólar seguirá maior do que oferta podem amparar novamente a inversão das cotações locais da moeda norte-americana para o lado positivo ao longo da sessão.
A expectativa nas mesas de câmbio é de que enquanto o dólar oscilar abaixo do patamar de R$ 2,10, o Banco Central pode só observar a movimentação dos agentes financeiros, sem fazer intervenções, disse um operador de tesouraria de um banco.
Nos Estados Unidos, a falta de resultados concretos para evitar o abismo fiscal na reunião ontem entre o presidente Barack Obama e o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, deixa os mercados na defensiva. Antes desse encontro, Obama, disse que está disposto a "fazer cortes muito maiores em gastos" para encontrar maneiras de evitar o "abismo fiscal".
"Precisamos também emparelhar esses cortes com uma receita um pouco maior", afirmou Obama, em entrevista ao canal de televisão WCCO, em Minneapolis. "Eu já cortei um trilhão de dólares em gastos", declarou Obama. Após a discussão entre Obama e Boehner, que durou cerca de 50 minutos, um funcionário da Casa Branca informou apenas que "a reunião foi franca e, como temos dito já há algum tempo, as linhas de comunicação permanecem abertas".
Na China, nesta sexta-feira, o dado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial atingiu 50,9, maior que a leitura de 50,5 de novembro, segundo pesquisa realizada pelo banco HSBC e a consultoria Markit Economics.
Já na Zona do Euro, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da região subiu para 47,3 em dezembro, de 46,5 em novembro, segundo dados preliminares da Markit. Embora siga abaixo de 50, sugerindo uma contração da atividade pelo 11º mês seguido, o dado atingiu seu maior nível em nove meses e indica que a retração já superou seu pior momento. A previsão dos analistas era de que o indicador avançaria para 46,8.
"A contração na zona do euro deu mais sinais de enfraquecimento em dezembro, alimentando esperanças de que a perspectiva para o próximo ano está melhorando", comentou Chris Williamson, economista-chefe da Markit. O PMI industrial do bloco da moeda única subiu levemente, de 46,2 em novembro para 46,3 em dezembro. Já o PMI de serviços avançou de 46,7 para 47,8. ÀS 8h50,o euro estava em US$ 1,3080, ante US$ 1,3078 no fim da tarde de quinta-feira.
São Paulo - O dólar deve se manter volátil nesta sexta-feira no mercado de câmbio doméstico. A moeda norte-americana pode abrir em leve baixa ante o real, em meio aos ganhos das commodities, após os dados de atividade industrial na China e na zona do euro melhores do que o esperado.
Contudo, o impasse sobre como evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos, uma combinação de aumento de impostos e corte de gastos programados para começar no início de janeiro, e ainda a perspectiva de que a demanda interna por dólar seguirá maior do que oferta podem amparar novamente a inversão das cotações locais da moeda norte-americana para o lado positivo ao longo da sessão.
A expectativa nas mesas de câmbio é de que enquanto o dólar oscilar abaixo do patamar de R$ 2,10, o Banco Central pode só observar a movimentação dos agentes financeiros, sem fazer intervenções, disse um operador de tesouraria de um banco.
Nos Estados Unidos, a falta de resultados concretos para evitar o abismo fiscal na reunião ontem entre o presidente Barack Obama e o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, deixa os mercados na defensiva. Antes desse encontro, Obama, disse que está disposto a "fazer cortes muito maiores em gastos" para encontrar maneiras de evitar o "abismo fiscal".
"Precisamos também emparelhar esses cortes com uma receita um pouco maior", afirmou Obama, em entrevista ao canal de televisão WCCO, em Minneapolis. "Eu já cortei um trilhão de dólares em gastos", declarou Obama. Após a discussão entre Obama e Boehner, que durou cerca de 50 minutos, um funcionário da Casa Branca informou apenas que "a reunião foi franca e, como temos dito já há algum tempo, as linhas de comunicação permanecem abertas".
Na China, nesta sexta-feira, o dado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial atingiu 50,9, maior que a leitura de 50,5 de novembro, segundo pesquisa realizada pelo banco HSBC e a consultoria Markit Economics.
Já na Zona do Euro, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da região subiu para 47,3 em dezembro, de 46,5 em novembro, segundo dados preliminares da Markit. Embora siga abaixo de 50, sugerindo uma contração da atividade pelo 11º mês seguido, o dado atingiu seu maior nível em nove meses e indica que a retração já superou seu pior momento. A previsão dos analistas era de que o indicador avançaria para 46,8.
"A contração na zona do euro deu mais sinais de enfraquecimento em dezembro, alimentando esperanças de que a perspectiva para o próximo ano está melhorando", comentou Chris Williamson, economista-chefe da Markit. O PMI industrial do bloco da moeda única subiu levemente, de 46,2 em novembro para 46,3 em dezembro. Já o PMI de serviços avançou de 46,7 para 47,8. ÀS 8h50,o euro estava em US$ 1,3080, ante US$ 1,3078 no fim da tarde de quinta-feira.