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À espera do Fed, Ibovespa volta a flertar com 60 mil pontos

Pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial também repercutiu positivamente na bolsa

Operadores na Bovespa: às 11h22, o Ibovespa avançava 0,89%, a 59.641 pontos, após chegar a 60.024 pontos (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 11h50.

São Paulo - A Bovespa mantinha o viés positivo pelo terceiro pregão seguido nesta quarta-feira, repercutindo positivamente a pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, mas o Ibovespa desacelerava das máximas, em meio a movimentos de realização de lucros e certa cautela antes do resultado da reunião do Federal Reserve.

Às 11h22, o Ibovespa avançava 0,89 por cento, a 59.641 pontos, após chegar a 60.024 pontos na máxima até o momento registrada mais cedo. O volume financeiro da sessão somava 1,85 bilhão de reais.

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Levantamento Ibope mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu 3 pontos, para 36 por cento, enquanto Marina Silva (PSB) passou de 31 para 30 por cento e o candidato do PSDB, Aécio Neves, passou de 15 para 19 por cento das intenções de voto para o primeiro turno da eleição em outubro.

Na simulação de segundo turno, Dilma e Marina continuam em empate técnico, mas a candidata do PSB foi a 43 por cento, ante 40 por cento de Dilma. Na semana passada, o placar estava em 43 a 42 por cento para Marina.

"Numa leitura rápida da pesquisa, a oposição tem muito o que comemorar. O crescimento de Aécio Neves não ameaça a polarização entre Dilma e Marina, mas marca posição de eleitorado que deve migrar maciçamente para a candidata do PSB", disse o analista na CM Capital Markets, Marco Aurélio Barbosa, em nota a clientes.

"Juntos, Aécio Neves e Marina Silva têm 49 por cento das intenções de voto, muito próximo de uma maioria decisiva num eventual segundo turno", escreveu.

As ações de empresas com participação estatal na Bovespa refletiam a percepção entre operadores de um quadro mais favorável à oposição, com Petrobras avançando 2,8 por cento, enquanto Eletrobras ganhava 2,7 por cento e Banco do Brasil subia 2,1 por cento.

No campo político, o foco agora se volta para pesquisa do instituto Datafolha, que está prevista para ser divulgada na quinta-feira.

À espera do Fed

O cenário internacional também influenciava a Bovespa, com agentes no aguardo do resultado da reunião de política monetária do banco central norte-americano (15h), assim como da entrevista coletiva da chair da instituição, Janet Yellen, na sequência.

O foco está voltado para sinais sobre o início do processo de normalização os juros nos Estados Unidos. Em Wall Street, o tom era cautelosamente positivo, com o índice S&P 500 em alta de 0,16 por cento.

Ainda no quadro externo, corroborava o tom positivo a injeção de 500 bilhões de iuanes (81 bilhões de dólares) feita pelo Banco Central chinês (PBoC) nos cinco maiores bancos estatais do país.

Da cena corporativa, a Telecom Italia afirmou à sua controlada brasileira TIM Participações que não há nenhuma discussão em curso para oferta para comprar a rival Oi. Ainda assim as preferenciais da Oi lideravam os ganhos do índice, com alta de 4,3 por cento.

O Conselho de Administração da Oi aprovou a contratação de opção de compra de ações entre subsidiárias da companhia e a Portugal Telecom.

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