Mercados

À espera de Ibope, índice flerta com 60 mil pontos

Além da pesquisa Ibope, também acontece nesta terça-feira o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República


	Fachada da Bovespa: às 11h18, o Ibovespa avançava 0,31 por cento, a 59.921 pontos
 (Bloomberg News/Paulo Fidman)

Fachada da Bovespa: às 11h18, o Ibovespa avançava 0,31 por cento, a 59.921 pontos (Bloomberg News/Paulo Fidman)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 11h45.

São Paulo - A Bovespa avançava nesta terça-feira, com seu principal índice flertando com os 60 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2013, em meio a expectativas de investidores para a pesquisa eleitoral Ibope prevista para sair no final do dia.

Na véspera, o pregão local já havia subido por especulações de que o levantamento mostraria a candidata do PSB, Marina Silva, à frente da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) num eventual segundo turno.

Às 11h18, o Ibovespa avançava 0,31 por cento, a 59.921 pontos. Mais cedo, o índice renovou a máxima intradia do ano ao tocar em 60.020 pontos.

O volume financeiro somava 1,4 bilhão de reais, indicando fechar o dia com cerca de 8 bilhões de reais, conforme cálculos de operadores. Em nota a clientes, o estrategista de ações para América Latina do BofA Merrill Lynch, Felipe Hirai, disse que investidores no Brasil continuam focados em eleições presidenciais e seu potencial impacto sobre as ações.

Ele acrescentou que, como pesquisas recentes indicaram que Marina Silva poderia ser uma candidata muito competitiva, até mesmo batendo Dilma, o mercado parece estar elevando as chances de um cenário de vitória da oposição.

Além da pesquisa Ibope, também acontece nesta terça-feira o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, na emissora de TV do grupo Bandeirantes, às 22h (horário de Brasília). Nesse cenário, Petrobras sustentava ganhos, assim como a elétrica Eletrobras , estatal que também tem reagido à dinâmica eleitoral.

Além das eleições

Hirai destacou outro componente favorável à bolsa paulista, como a valorização do dólar nas últimas semanas, que tem desvalorizado moedas em mercado emergentes, incluindo o real.

Para ele, a soma de taxas de juros mais baixas com um real mais fraco "deve ser uma combinação poderosa para o Ibovespa".

A índice perdeu ímpeto brevemente após a divulgação de dados de crédito do Banco Central, que impactaram ações do setor bancário, com forte peso no índice.

Mas o efeito teve vida curta, com as ações de papéis como o do Itaú retornando ao azul. As ações da Vale voltavam a destoar do movimento positivo, após o minério de ferro com entrega imediata na China recuar para a mínima de quase 2 anos nesta terça-feira, em meio a uma ampla oferta global.

O minério com 62 por cento de teor de ferro, referência para o mercado, caiu 0,3 por cento para 88,90 dólares por tonelada. Outro destaque negativo era Cemig, que teve corte de recomendação pelo JP Morgan, de neutra para underweight, ou abaixo da média do mercado. Os analistas da casa citaram que a ação subiu cerca de 60 por cento no ano em meio a fortalecimento da candidatura de Aécio Neves (PSDB) e esperança de que ele apoiaria a renovaçao das concessões das hidrelétricas Jaguara, São Simão e Miranda, cenário que se tornou incerto com a entrada de Marina Silva.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbopeIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha 2024 a R$ 6,18, com alta de 27,3% no ano

Cade autoriza compra do supermercado Dia por fundo ligado a Nelson Tanure

Banco Central realiza 14º leilão de dólar em dezembro para conter alta do câmbio

Nikkei atinge melhor fechamento em 35 anos, marcando nova era para o mercado japonês