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A bolsa a 104 pontos do recorde histórico

Os últimos dias foram marcados por notícias positivas como a aprovação da TLP, o anúncio de privatizações e a aprovação da nova meta fiscal

Bolsa: “A tendência é de alta. O lado político, o fiscal e as reformas econômicas contribuem para isso”, diz Roberto Indech, analista da corretora Rico (Patricia Monteiro/Bloomberg)
EH

EXAME Hoje

Publicado em 8 de setembro de 2017 às 06h34.

Última atualização em 8 de setembro de 2017 às 06h44.

É hoje o dia? Após a alta da bolsa nos últimos dias, grande parte dos analistas avalia que um novo patamar histórico no Ibovespa se tornou apenas uma questão de tempo. Por isso, a expectativa é grande pelo retorno do feriado nesta sexta-feira.

Na quarta-feira o Ibovespa fechou nos 73.412 pontos distante apenas 104 pontos do recorde histórico, de 20 maio de 2008 (sem contar a inflação acumada no período). Os últimos dias foram marcados por notícias positivas como a aprovação da Taxa de Longo Prazo, o anúncio de privatizações do governo Michel Temer e a aprovação da nova meta fiscal. “A tendência é de alta. O lado político, o fiscal e as reformas econômicas contribuem para isso”, diz Roberto Indech, analista da corretora Rico.

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Além disso, o cenário externo continua jogando a favor, com alta liquidez e baixas taxas de juros nos principais mercados. Nada disso, claro, garante que o recorde vem hoje. “No pregão desta sexta-feira o volume deve ser baixo, por conta do feriado, a tendência é de algo próximo da estabilidade”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide.

Na próxima semana, uma das principais expectativas é por maiores detalhes sobre a liberação do plano de privatização da Eletrobras. Diante da alta vista nos últimos dias, os bancos começaram a revisar suas projeções para o fim do ano. O Bank of America Merril Lynch revisou a projeção de 71.000 para 75.000 pontos. A previsão do Bradesco mudou de 73.000 para 78.000 pontos. Em seu cenário mais otimista, a corretora Guide prevê que o índice pode chegar a 80.649 pontos no fim do ano.

O principal risco para a trajetória de alta atual está no cenário externo. O clima tenso com as constantes ameaças da Coreia do Norte e a expectativa de uma guinada da política monetária dos Estados Unidos e da Europa podem levar a uma fuga de investidores de ativos mais arriscados. O cenário político, que até poucos dias era a maior ameaça, continua conturbado com as novas revelações sobre a JBS. Mas o escândalo tende a prejudicar apenas a própria companhia, já que dá forças para o presidente Michel Temer se manter no cargo. Estabilidade, como se sabe, joga a favor dos investidores.

IBOVESPA: índice chegou próximo do patamar histórico com alta dos últimos pregões (Gráfico/Exame Hoje)

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