52% da Estácio apoiam venda para Kroton, diz fonte
Acionistas que representam 52% do capital da Estácio apoiam a venda da empresa para a rival Kroton, disse fonte
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2016 às 18h16.
Rio de Janeiro - Acionistas que representam 52 por cento do capital da Estácio Participações apoiam a venda da empresa privada de ensino superior para a rival Kroton Educacional , disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte a par dos planos da Kroton, acrescentando que a pretendente cogita fazer uma oferta hostil, se necessário.
Nesta manhã, a família Zaher, que possui cerca de 14 por cento da Estácio e que se opõe à venda da empresa para a Kroton, disse que avalia lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) para assumir o controle da companhia sediada no Rio de Janeiro.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que a proposta da empresa de trocar 1,25 ação de sua emissão para cada papel da Estácio pode ser levada diretamente aos acionistas, o que configuraria uma oferta hostil sem necessidade de consentimento do Conselho de Administração da empresa-alvo.
Até e caso isso ocorra, há um longo caminho pela frente. Segundo a fonte, um dos investidores estrangeiros que detém posição nas duas companhias enviou carta ao Conselho da Estácio dizendo que está formalmente disposto a convocar assembleia caso o comitê não se posicione ou seja contrário à operação com a Kroton. Esta assembleia incluiria um pedido de substituição do Conselho.
A fonte não informou o nome do investidor. O Conselho da Estácio vai se reunir na quinta-feira para discutir as propostas de compra da empresa, segundo outra fonte.
Os próximos passos da Kroton vão depender desta resposta, sendo que empresa também considera a chance de deixar o negócio.
"A Kroton ainda acredita numa relação negociada, mas com muita pressão de acionistas que são a favor da oferta", disse.
A segunda opção mais provável seria a oferta hostil, já que há poucos motivos que a levariam a deixar o negócio, acrescentou. A Kroton ainda não tem uma indicação do posicionamento do Conselho da Estácio.
"Ainda não dá para saber o que vai acontecer. A bola está do lado deles", disse a fonte, citando o grupo formado para avaliar as propostas pela Estácio, que conta com o presidente do Conselho, João Cox, o vice-presidente Maurício Luchetti e o conselheiro independente Libano Barroso.
Além da eventual oferta dos Zaher e da proposta já oficial da Kroton, a Ser Educacional apresentou uma oferta de associação à Estácio.
Procurada, a Kroton disse que não iria se manifestar sobre o assunto.
OPA DA FAMÍLIA CHAIM
A intenção anunciada pela família Zaher é vista pela Kroton como tentativa de pressionar para uma melhora nos termos da oferta e considerada uma oferta hostil, já que não foi solicitada e iria direto para leilão em bolsa.
Antes de realizar o leilão da OPA é necessário retirar a cláusula de poison pill, com aprovação em assembleia. "São os acionistas da Estácio que querem fazer o negócio com a Kroton. A troco de que eles iriam se mobilizar para um negócio que não querem fazer? Só se eles forem convencidos um a um", afirmou. A fonte também disse que para fazer a OPA, a família Zaher teria que assumir uma dívida maior que seu patrimônio e que não é factível captar um montante elevado com o mercado estagnado".
Texto atualizado às 18h15
Rio de Janeiro - Acionistas que representam 52 por cento do capital da Estácio Participações apoiam a venda da empresa privada de ensino superior para a rival Kroton Educacional , disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte a par dos planos da Kroton, acrescentando que a pretendente cogita fazer uma oferta hostil, se necessário.
Nesta manhã, a família Zaher, que possui cerca de 14 por cento da Estácio e que se opõe à venda da empresa para a Kroton, disse que avalia lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) para assumir o controle da companhia sediada no Rio de Janeiro.
A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que a proposta da empresa de trocar 1,25 ação de sua emissão para cada papel da Estácio pode ser levada diretamente aos acionistas, o que configuraria uma oferta hostil sem necessidade de consentimento do Conselho de Administração da empresa-alvo.
Até e caso isso ocorra, há um longo caminho pela frente. Segundo a fonte, um dos investidores estrangeiros que detém posição nas duas companhias enviou carta ao Conselho da Estácio dizendo que está formalmente disposto a convocar assembleia caso o comitê não se posicione ou seja contrário à operação com a Kroton. Esta assembleia incluiria um pedido de substituição do Conselho.
A fonte não informou o nome do investidor. O Conselho da Estácio vai se reunir na quinta-feira para discutir as propostas de compra da empresa, segundo outra fonte.
Os próximos passos da Kroton vão depender desta resposta, sendo que empresa também considera a chance de deixar o negócio.
"A Kroton ainda acredita numa relação negociada, mas com muita pressão de acionistas que são a favor da oferta", disse.
A segunda opção mais provável seria a oferta hostil, já que há poucos motivos que a levariam a deixar o negócio, acrescentou. A Kroton ainda não tem uma indicação do posicionamento do Conselho da Estácio.
"Ainda não dá para saber o que vai acontecer. A bola está do lado deles", disse a fonte, citando o grupo formado para avaliar as propostas pela Estácio, que conta com o presidente do Conselho, João Cox, o vice-presidente Maurício Luchetti e o conselheiro independente Libano Barroso.
Além da eventual oferta dos Zaher e da proposta já oficial da Kroton, a Ser Educacional apresentou uma oferta de associação à Estácio.
Procurada, a Kroton disse que não iria se manifestar sobre o assunto.
OPA DA FAMÍLIA CHAIM
A intenção anunciada pela família Zaher é vista pela Kroton como tentativa de pressionar para uma melhora nos termos da oferta e considerada uma oferta hostil, já que não foi solicitada e iria direto para leilão em bolsa.
Antes de realizar o leilão da OPA é necessário retirar a cláusula de poison pill, com aprovação em assembleia. "São os acionistas da Estácio que querem fazer o negócio com a Kroton. A troco de que eles iriam se mobilizar para um negócio que não querem fazer? Só se eles forem convencidos um a um", afirmou. A fonte também disse que para fazer a OPA, a família Zaher teria que assumir uma dívida maior que seu patrimônio e que não é factível captar um montante elevado com o mercado estagnado".
Texto atualizado às 18h15