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10 notícias para lidar com os mercados nesta terça-feira

Bolsas na Europa intensificam perdas por temor de moratória na Grécia; índices futuros em Wall Street apontam para abertura negativa no pregão em Nova York

Pregão da Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

Pregão da Bovespa (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 10h06.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 Mercados: bolsas caem por temor com Grécia. As bolsas na Europa recuam pelo terceiro dia consecutivo, enquanto os índices futuros nos Estados Unidos apontam para abertura negativa da Bolsa de Nova York, com os investidores internacionais temendo a possibilidade de um calote da Grécia ainda nesta semana. Euro se desvaloriza ao mesmo tempo em que a Itália intensifica negociações para que a China compre dívida pública do país europeu. Entre as commodities, petróleo reduz ganhos após Agência Internacional de Energia (AIE) cortar a previsão de demanda pelo produto em 2011 e 2012.

Agenda do Investidor | Destaque para a divulgação de dados mensais sobre o orçamento nos Estados Unidos, referentes a agosto e previstos para serem publicados às 15 horas (horário de Brasília) pelo Departamento do Tesouro. Na cena doméstica, às 9 horas, sai a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, que mede a evolução da atividade comercial no Brasil.

2 Grécia aguarda sinal verde para receber ajuda externa. As autoridades gregas continuam nesta terça-feira os contatos com seus parceiros europeus para obter a entrega do sexto lance de ajuda externa, no valor de 8 bilhões de euros, e o sinal verde para um segundo resgate de 160 bilhões de euros. O ministro das Finanças grego, Vangelis Venizelos, falou ontem com seu colega alemão, Wolfgang Schäuble. O conteúdo da conversa não foi divulgado.

3 Brics articulam ação de socorro a países da Europa. Os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - tentam preparar uma ação conjunta para sinalizar ajuda à combalida economia global. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de suas reservas internacionais aplicada em títulos denominados em euros. A aquisição de mais títulos de dívida soberana europeia seria limitada aos papéis de países mais sólidos, como Alemanha ou mesmo Grã-Bretanha. Uma decisão deve ser tomada no encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos Brics no dia 22, em Washington.

4 SDE questiona avanço da CSN no capital da Usiminas. A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça quer explicações detalhadas sobre as operações envolvendo Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Após comprar ações no mercado financeiro, Benjamin Steinbruch, controlador da CSN, fez uma proposta de compra da fatia de 26% que Camargo Corrêa e Votorantim têm na siderúrgica mineira, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A CSN nega a ofensiva, mas segundo fontes, a oferta é de 5 bilhões de reais.

5 Oferta da TIM pode ser só primária, de R$ 1,5 bilhão. A TIM pode protocolar ainda nesta semana o pedido de registro para uma oferta de ações. Depois de avaliar as possibilidades, a companhia deve fazer apenas uma emissão primária. A expectativa é que a operação movimente entre 1 bilhão e 1,5 bilhão de reais, menos do que inicialmente previsto. A companhia estaria determinada a levar a operação adiante a despeito da instabilidade do mercado. Alguns bancos acreditam que este não é o melhor momento para captações, ainda que a empresa esteja numa boa fase de relação com seus investidores.

6 Rossi Residencial indica novo presidente-executivo. A Rossi Residencial comunicou que seu diretor comercial, Leonardo Nogueira Diniz, foi indicado para o cargo de presidente-executivo, no lugar de Heitor Cantergiani, que passará a compor o conselho de administração da companhia. Diniz ingressou na Rossi em 2001. Segundo a Rossi, "Cantergiani ocupará posição estratégica como membro externo do conselho de administração e desempenhará funções não executivas".


7 Com ajuda do FGC, grupo JBS coloca R$ 1,85 bilhão no Matone. O grupo JBS, que controla o frigorífico de mesmo nome, está colocando 1,85 bilhão de reais para assumir 100% do banco Matone, em uma operação financiada pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para socorrer a instituição gaúcha com deficiência de capital, informa reportagem do jornal Valor Econômico.

8 MPX e MMX fecham acordo de R$ 3,3 bilhões para suprimento de energia. A MPX Energia fechou um acordo para fornecer 200 megawatts de energia por um período de 15 anos para a unidade Serra Azul da MMX Mineração e Metálicos. O valor total do acordo entre as duas empresas controladas pelo bilionário Eike Batista é de 3,3 bilhões de reais, segundo comunicado ao mercado.

9 China deveria permitir Brasil listar ETF em Xangai, diz Haitong. A China deveria permitir que o Brasil liste fundos de ações negociados em bolsas, os ETF, em Xangai para que investidores possam aproveitar o mercado barato e atrativo sem risco cambial, disse Hiroki Miyazato, responsável pelo departamento de negócios internacionais da Haitong Securities, citado pela Bloomberg em conferência latino-americana ocorrida hoje em Pequim.

10 Banco BNP Paribas nega problemas de liquidez em dólar. O banco francês BNP Paribas negou hoje que enfrenta problemas de liquidez em dólar como foi reportado pelo Wall Street Journal. O banco afirmou que é totalmente capaz de obter financiamento em dólar no "normal curso dos negócios", diretamente ou por meio de swaps (operações de troca). As ações do BNP Paribas caíam 7,89% por volta da 7h45 (horário de Brasília), um dos piores desempenhos do índice CAC-40, da Bolsa de Paris, que declinava 1,76% no mesmo horário, informa reportagem de O Estado de S. Paulo.

Bônus I Telefônica está perto de concluir integração com Vivo. O grupo Telefônica deve concluir nas próximas semanas o processo de integração com a Vivo e de simplificação de sua estrutura corporativa, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Antonio Carlos Valente. "Estamos realizando nas próximas semanas a última etapa de todo esse processo, que elimina mais um nível de cadeia societária", disse o executivo durante palestra na Futurecom, feira do setor de telecomunicações.

Bônus II Conheça o investidor mais apocalíptico do mundo. Nas últimas semanas, ficou claro que não há o menor consenso no mercado sobre até onde as bolsas globais podem cair. Mas nem pessimistas de carteirinha como Nouriel Roubini ou Marc Faber parecem ser tão apocalípticos quanto Harry Dent, economista, escritor e fundador da empresa de pesquisas HS Dent. Prestes a lançar o livro “The Great Crash Ahead” (ou “O Grande Crash à Frente”), ele afirma que o índice Dow Jones deve cair mais de 70% até 2013 e alcançar o patamar de 3.000 pontos.

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