Mercados

10 notícias para lidar com os mercados nesta terça-feira

Bolsas internacionais estendem quedas por temor de agravamento da crise nos países mais endividados da Europa. Juros da dívida da Itália e Espanha avançam e euro recua

Pregão da Bovespa (Marcel Salim/EXAME.com)

Pregão da Bovespa (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 09h08.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber nesta terça-feira (12):

1 Mercados: medo de contágio na Europa derruba bolsas. A expectativa de que a crise de dívida pública na Europa se alastre e atinja outros países além da Grécia, como Portugal, Espanha e Itália, eleva a aversão ao risco nas principais bolsas mundiais nesta terça-feira. Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que a instituição ainda não se juntou às negociações para um segundo pacote de ajuda à Grécia. Na Ásia, as bolsas da região terminaram o dia em terreno negativo. No mercado de câmbio, o euro se desvaloriza frente ao dólar. Entre as commodities, o petróleo operam em baixa pelo terceiro dia seguido. Os mercados reagem ainda a divulgação de índices econômicos nos Estados Unidos e na China.

2 Combate do BC a posições vendidas em dólar reduz o carry trade. A última intervenção do governo brasileiro no mercado de câmbio causou a maior elevação do custo de financiamento em dólar no País em um mês, reduzindo o ganho oferecido pelo real em operações conhecidas como carry trade - nas quais a moeda brasileira é campeã em retorno. O cupom cambial de três meses - que mede o custo dos empréstimos em dólar no Brasil - deu um salto de 40 pontos-base, o maior avanço desde 31 de maio, para 3,5% ontem (11), segundo reportagem da Bloomberg.

3 Fundos imobiliários são melhor aplicação desde 2005. Não são apenas os proprietários de casas e apartamentos que ficaram mais ricos nos últimos anos. Um estudo feito pela gestora de recursos Rio Bravo com exclusividade para EXAME.com mostra que os fundos imobiliários foram a aplicação financeira mais rentável dos últimos seis anos e meio. Esses fundos proporcionaram ao investidor um retorno médio de 375,7% de janeiro de 2005 até o mês passado.

4 Cade e Brasil Foods estão perto de fechar acordo, diz jornal. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Brasil Foods (BRF) estão muito perto de fechar um acordo que vai permitir aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão. O esboço do acordo começou a ser escrito ontem, segundo fontes envolvidas na negociação, e a apreciação pelo órgão antitruste se dará na sessão de amanhã (13), informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

5 Abilio Diniz participa hoje de reunião do conselho do Casino. O presidente do conselho de administração da Companhia Brasileira de Distribuição - Grupo Pão de Açúcar, Abilio Diniz, vai participar da reunião do conselho de administração do Casino Guichard-Perrachon , prevista para ocorrer hoje em Paris, informa reportagem da Bloomberg. O executivo irá discutir a proposta de fusão da varejista brasileira com os ativos do Carrefour no País. Diniz, que é integrante do conselho do Casino desde 1999, vai estudar e debater a proposta com o grupo francês, que também detém uma participação no Pão de Açúcar.


6 Governo não financiará fusão entre varejistas Pão de Açúcar e Carrefour. O governo não vai mais ajudar a financiar a fusão entre o Pão de Açúcar e as operações brasileiras do Carrefour. Depois de enfrentar críticas por concordar em participar do negócio, com um aporte de até 4,5 bilhões de reais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lavou as mãos. Em conversas reservadas, a presidente Dilma Rousseff disse que não vale a pena enfrentar o desgaste se não há acordo entre os sócios em torno da proposta.

7 Ministério Público vai investigar BNDESPar no caso Pão de Açúcar. O uso de recursos federais pela subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a BNDESPar, na operação comercial de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e Carrefour é alvo de procedimento preparatório do Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF). O procedimento foi divulgado ontem e instaurado na última quinta-feira (7).

8 Ministério Público denuncia três por tragédia da TAM. Às vésperas do quarto aniversário da tragédia do A320, o Ministério Público Federal apresentou ontem denúncia criminal contra Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e contra dois diretores da TAM na época do acidente: Alberto Fajerman (vice-presidente de Operações) e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro (diretor de Segurança de Voo). Eles são acusados de terem exposto a perigo o Airbus, provocando o acidente e a morte de 199 pessoas naquela que é a maior tragédia da história da aviação brasileira, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

9 Moody’s coloca rating da minerva em revisão para possível alta. A agência de classificação de risco Moody's colocou em revisão para possível elevação o rating corporativo B3 da Minerva, após o frigorífico anunciar uma oferta de 300 milhões de reais em debêntures obrigatoriamente conversíveis. “Os ratings da Minerva poderiam ser elevados caso esperemos que a tendência em direção a uma maior diversificação das receitas e os fluxos de caixa da Minerva continuem, com maior contribuição dos alimentos processados para gerar fluxo de caixa livre positivo”, destacou a Moody’s.

10 IPC-Fipe acelera para 0,19% na 1ª prévia de julho. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), teve variação de 0,19% na primeira quadrissemana de julho, depois de ter fechado o mês de junho com alta de 0,01%. O indicador, que mede a inflação da cidade de São Paulo, ficou acima do teto das estimativas dos analistas, que iam de 0,04% a 0,17%, com mediana de 0,09%. A inflação também foi superior à do primeiro levantamento de junho, que mostrou alta de 0,05%.

Bônus Este é o exato momento para o investidor sair da bolsa? O ano de 2011 chegou à metade com um cenário nada róseo para a bolsa brasileira: até agora, a desvalorização do Ibovespa ultrapassa os 12%. Se no começo do ano a expectativa reinante era de que o índice atingiria os 80.000 pontos, discute-se agora se ele irá despencar dos 60.000 abaixo. Se depender do pregão de ontem, o time dos pessimistas ganhará reforços – influenciado pelo temor de insolvência da dívida pública italiana, o Ibovespa fechou o dia no menor patamar desde maio do ano passado: 60.233 pontos. Confira a opinião dos especialistas.

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