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10 notícias para lidar com os mercados nesta sexta-feira

Após pedido dos EUA para que Brasil não eleve tarifas, ministro Guido Mantega reafirma que o país adotará medidas para impedir a valorização do real

Guido Mantega: Brasil está pronto para fazer o que for necessário para conter a valorização do real (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 09h11.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber.

1- Brasil adotará medidas para impedir valorização do real. O Brasil está preparado para adotar todas as medidas necessárias, incluindo as que já foram usadas no passado, para conter o fluxo de capital e impedir que o real se aprecie excessivamente, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta sexta-feira.

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2- EUA pedem que Brasil não eleve tarifas e Itamaraty rebate. O representante dos EUA para assuntos comerciais, Ron Kirk, em carta enviada na quarta-feira, pediu para o governo brasileiro reconsiderar os planos "protecionistas" de aumento de tarifas de importação, algo que teria efeito negativo significativo sobre as exportações norte-americanas.

3- Bolsas da Ásia encerram semana sem sinal definido. Os mercados asiáticos fecharam com resultados distintos nesta sexta-feira. A Bolsa de Hong Kong teve alta, com a presença de investidores em busca de ofertas de ocasião, após a queda de 1,2% na véspera, por causa do fraco PMI daChina. Na China, a Bolsa de Xangai fechou estável. As crescentes preocupações sobre o crescimento econômico e a alta na liquidez pressionaram os ganhos em ações retardatárias, como dos setores minerador e elétrico.

4- Receita do governo com dividendos deve crescer R$ 2,5 bi. Para compensar a queda de quase R$ 12 bilhões na estimativa de arrecadação com tributos administrados pela Receita Federal, o governo federal elevou a expectativa de outras receitas, principalmente dividendos e royalties de petróleo e gás. A receita com dividendos deve ficar R$ 2,5 bilhões acima do estimado há dois meses, de acordo com a revisão bimestral do Orçamento de 2012 divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

5- OMC reduz previsão de crescimento do comércio mundial. A Organização Mundial do Comércio (OMC) revisou para baixo as previsões de crescimento do comércio global em 2012 a 2,5%, contra 3,7% da estimativa anterior, em consequência principalmente da crise da dívida na Europa. A situação da economia americana e a desaceleração na China, primeira e segunda economias mundiais respectivamente, são outras causas da revisão, anunciou em Cingapura a OMC, que tem sede em Genebra.


6- Fantasma do Cruzeiro do Sul assusta mercado sem socorros. A presidente Dilma Rousseff está se transformando num pesadelo para os investidores do mercado de dívida.Uma semana depois de se recusar a socorrer o Banco Cruzeiro do Sul SA e evitar o maior calote da América Latina em uma década, os credores da Rede Energia SA, cuja maior unidade está sob recuperação judicial, estão aumentando as expectativas de perdas.

7- Small Cap bate desempenho do Ibovespa com estímulos. Ações chamadas de small caps estão se valorizando para o nível mais alto em três anos em relação ao Ibovespa. Os estímulos do governo desencadeiam altas em ações como a Anhanguera Educacional Participações SA e a fabricante de ônibus Marcopolo SA. O índice BM&FBovespa Small Cap subiu 23 por cento este ano, mais que o dobro da valorização de 8,7 por cento do índice referencial. A alta ajudou a puxar para cima as ações do índice para 1,59 vez seu valor patrimonial este mês, acima da mínima em três anos registrada em junho, de 1,33. Quando comparado com o Ibovespa, o número é o mais alto desde fevereiro de 2009.

8-Mantega diz que Brasil ainda tem espaço para reduzir juros. O Brasil ainda tem espaço para reduzir a taxa básica de juros, atualmente na mínima histórica de 7,50 por cento, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O Brasil tem espaço para buscar uma política monetária que seja expansionista em contraste com muitos outros países." O Banco Central já reduziu a Selic nove vezes desde agosto de 2011.

9-Os seis maiores desafios que a China enfrenta para crescer. Não é só o Japão que a China tem que enfrentar. O país também está desacelerando no atual cenário de crise – mesmo que desacelerar, para eles, seja crescer 7%. Enquanto o Brasil briga com a competitividade e tenta fortalecer a indústria, a China quer estimular o consumo interno e precisa resolver sua situação política.

10- Papéis sob regras do Islã têm ajudado países na crise. Em um momento em que a crise toma conta dos bancos e países europeus, restringindo as fontes de financiamento, os emissores sedentos por novas fontes de captação passaram a mirar os investidores islâmicos. O motivo é simples: os países com maioria islâmica têm o dinheiro que a Europa precisa. Os sukuks, conhecidos como bônus islâmicos, têm crescido muito desde 2008, auge do tumulto financeiro.

Com AFP, Agência Estado, Bloomberg, Reuters.

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