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10 notícias para lidar com os mercados nesta sexta-feira

Banco Central pretende fazer ofertas diárias de venda de dólares; BNDES investe mais R$ 82 mi na MPX


	Dólar: ontem a moeda fechou em queda ante o real em dia marcado por forte atuação do Banco Central
 (Getty Images)

Dólar: ontem a moeda fechou em queda ante o real em dia marcado por forte atuação do Banco Central (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 09h09.

São Paulo - Veja o que você precisa saber nesta sexta-feira.

1. Banco Central programa venda forte de dólares até o fim do ano

O Banco Central pretende fazer ofertas diárias de swaps cambiais (venda de dólares no mercado futuro) no valor de 500 milhões de dólares, até o fim do ano. O objetivo é conter a valorização da moeda norte-americana, que ultrapassou a cotação de R$ 2,45 nessa semana. O BC também vai fazer, uma vez por semana, leilões de venda direta de dólares das reservas, com compromisso de recompra futura. Essas operações serão na faixa de 1 bilhão de dólares.

2. Real já é a moeda que mais perde para o dólar no mês

Estudo realizado pela CMA, empresa de tecnologia e informações financeiras, mostra que o real é a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar em agosto. De acordo com o levantamento, a moeda brasileira perdeu 5,53% ante o dólar americano. A segunda divisa foi à rúpia indiana, com desvalorização de 5,39%. Ontem, o dólar fechou em queda ante o real em dia marcado por forte atuação do Banco Central.

3. Brasil reduz previsão de crescimento para 2,5% para este ano

O ministro da Fazenda Guido Mantega revisou suas previsões de crescimento para a economia brasileira para 2,5%, ante projeção anterior de 3,5%. Segundo o ministro, se o país não atingir as taxas previstas, isso não representa um fracasso. A explicação de Mantega foi que o Brasil "está exportando menos, porque há uma crise global e os mercados internacionais estão parados", o que afetou as previsões de crescimento do início de 2013, que eram de 4% e foram reduzidas no decorrer do ano para 3,5%.

4. BNDES investe mais R$ 82 mi na MPX

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou ontem o aporte de 82 milhões de reais na operação de aumento de capital da MPX. A empresa de energia do Grupo EBX, de Eike Batista, teve o controle vendido para a E.ON - a alemã detém 36,5% das ações da companhia e deve elevar sua participação após o término da capitalização, marcado para a próxima terça-feira. A operação do banco foi realizada por sua empresa de participações, a BNDESPar, que detém 10,3% das ações. O objetivo era manter a participação, temendo uma diluição das ações com o aumento de capital.


5. BNDESPar entra em acordo de acionistas da Triunfo

A BNDESPar, unidade de participações do BNDES, também celebrou um acordo de acionistas com a Triunfo Participações e Investimentos. O acordo assegura à BNDESPar a eleição de um membro para o Conselho de Administração da empresa, o direito de manifestação prévia caso a companhia altere suas atuais regras societárias relativas a operações com partes relacionadas e o direito de adesão da BNDESPar a ofertas públicas primárias ou secundárias a serem realizadas pela empresa e acionistas controladores.

6. Credor da OGX contrata Rothschild para reestruturar dívida

O banco de investimento Rothschild foi contratado por detentores de títulos da OGX Petróleo e Gás para aconselhar sobre uma potencial reestruturação de dívida da empresa enquanto se preparam para uma negociação contenciosa com a petroleira. A informação foi passada por duas fontes à Reuters. Escritórios de advocacia também teriam sido contratados.

7. Delta descarta planos de elevar participação na Gol

O presidente mundial da Delta, Ed Bastian, afirmou ontem que a empresa não tem planos de aumentar sua participação no capital da Gol. Em 2011, a companhia comprou uma fatia da Gol após um aporte de 100 milhões de dólares, em que adquiriu cerca de 3% de participação acionária na aérea brasileira.

8. Bolsas asiáticas são impulsionadas por dados dos Estados Unidos

Os mercados de ações asiáticos fecharam majoritariamente em alta hoje. As bolsas foram impulsionadas por dados melhores do que esperado nos EUA e na China e por perspectivas mais positivas para a economia da Europa. Na Coreia do Sul, o índice Kospi Composto subiu 1,1%, para 1.870,16 pontos, e o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, ganhou 0,9%, para 5.123,40 pontos. O índice Taiwan Weighted terminou em alta de 0,8%, aos 7.873,31. As ações da China fecharam em queda - as preocupações sobre a liquidez contrabalançaram a euforia sobre o esforço do governo em sua reforma financeira.


9. Moody's mantém rating da JBS, mas reduz perspectiva

A agência de classificação de risco Moody's manteve o rating da JBS em Ba3, mas reduziu a perspectiva da companhia para negativa. "A perspectiva negativa reflete o aumento da alavancagem após as aquisições e a desafiadora tarefa de integrar a empresa Seara", informou a Moody’s. Segundo a agência, a perspectiva negativa também reflete a retomada de uma política agressiva de aquisições da JBS.

10. Tesouro pode rever metas para composição da dívida pública

O Tesouro Nacional afirmou que o recente estresse do mercado coloca em risco a meta de aumentar a parcela de títulos prefixados e reduzir a dívida atrelada à Selic neste ano. O subsecretário do Tesouro, Paulo Valle, afirmou que o anúncio de novas bandas (para a composição da dívida em títulos federais) depende de avaliação a ser feita nas próximas semanas.
 

Com Agência Brasil, Estadão Conteúdo e Reuters.

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