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10 notícias para lidar com os mercados nesta segunda-feira

Governo define até novembro ajuda a aéreas; gestores de fundos podem ter mais dificuldade em novo Ibovespa


	Operadores na Bovespa: nova metodologia do Ibovespa deve tornar mais difícil para os gestores que usam o índice como referência de rentabilidade superar o desempenho médio do mercado
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: nova metodologia do Ibovespa deve tornar mais difícil para os gestores que usam o índice como referência de rentabilidade superar o desempenho médio do mercado (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 09h06.

São Paulo – Veja o que você precisa saber nesta segunda-feira.

1. Governo define até novembro ajuda a aéreas

O governo pretende apresentar até o fim de novembro soluções para ajudar as companhias aéreas do país, que passam por problemas financeiros, segundo o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. O governo estaria inclinado a ceder na redução da alíquota de PIS e Cofins, tributos federais que incidem sobre o preço do querosene de aviação. As empresas também pedem ao governo redução do ICMS, imposto estadual que também incide sobre o preço do querosene de aviação. A redução do ICMS é considerado pelo Ministro um ponto mais delicado e de solução complicada.

2. Gestores de fundos terão mais dificuldade em novo Ibovespa

A nova metodologia do Ibovespa deve tornar mais difícil para os gestores que usam o índice como referência de rentabilidade superar o desempenho médio do mercado. Segundo participantes do mercado, as boas apostas de alta ou baixa de papéis ficarão menos evidentes depois que a participação dos setores e empresas no índice passarem a ser medidas pelo valor de mercado, e não apenas pela liquidez.

3. Petrobras anuncia venda de ativos no Uruguai

A Petrobras informou na noite de sexta-feira que sua diretoria executiva aprovou a venda para a Shell de sua participação nas companhias detentoras dos blocos exploratórios 3 e 4, localizados no Bacia de Punta Del Este, no Uruguai, por 17 milhões de dólares. A operação representa mais um passo no Programa de Desinvestimentos da Petrobras (Prodesin), previsto no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, segundo a companhia.

4. PDVSA continua conversa com Petrobras sobre refinaria

A companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA continua o diálogo para manter sua participação na refinaria Abreu e Lima, um projeto conjunto com a Petrobras no nordeste do país. Na semana passada, a Petrobras manifestou sua disposição em manter a associação com a PDVSA na refinaria que está sendo construída no na região metropolitana de Recife, em Pernambuco, desde que a companhia venezuelana contribua com 40% dos US$ 17 bilhões investidos na obra.


5. Suíça investiga manipulação no câmbio

Autoridades suíças anunciaram que abriram investigação em relação às suspeitas de que grandes instituições financeiras mundiais estariam se colocando em acordo sobre a taxa cobrada para cada moeda estrangeira - manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo. Oficialmente, as taxas de câmbio são estipuladas a cada dia por meio de uma análise em momentos predeterminados do dia dos volumes de negócios envolvendo os maiores bancos do mundo. A suspeita recebida pelas autoridades é de que operadores de bancos estariam se coordenando não apenas para trocar informação, mas para atuar nos momentos de avaliação, comprando ou vendendo moedas e, assim, influenciando em seu valor.

6. Lembranças do Facebook ofuscam IPO do Twitter

Enquanto o Twitter se encaminha para fazer a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de tecnologia mais esperada do ano, lembranças da estreia decepcionante do Facebook em 2012 comprometem o entusiasmo pelos papéis da empresa. As ações do Facebook caíram no primeiro dia de negociação e continuaram a cair nos meses seguintes – e a empresa não atingiu novamente a avaliação obtida no IPO até mais de um ano depois, em agosto deste ano. O Twitter ainda não determinou o preço, mas analistas esperam que a empresa seja avaliada em pelo menos 10 bilhões de dólares.

7. Bolsas asiáticas caem com impasse nos EUA

As bolsas da Ásia fecharam em queda hoje, com incertezas contínuas sobre a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos e o debate referente ao teto da dívida norte-americana. Os mercados regionais iniciaram a sessão em alta tomando sinais de Wall Street na sexta-feira – quando os investidores estavam mais esperançosos que os formuladores de política conseguiriam resolver o impasse do Orçamento nos EUA - mas, os ganhos iniciais duraram pouco, com a incerteza sobre quanto tempo deverá durar a paralisação. 


8. Banco Mundial reduz estimativas para China e leste asiático

O Banco Mundial reduziu hoje suas estimativas de crescimento para a China e para a maioria das economias em desenvolvimento do leste asiático em 2013 e 2014. Para a redução, o Banco citou uma menor expansão da segunda maior economia do mundo e menores preços de commodities que golpearam as exportações e investimentos em países como a Indonésia.

Também hoje, o presidente da China, Xi Jinpiang, disse que espera um "processo tortuoso" de recuperação econômica mundial, enquanto a atual taxa de crescimento econômico chinesa está "dentro de uma faixa razoável e esperada".

9. Leilões diários de dólares devem continuar até fim do ano

Na sexta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o programa de intervenção diária da autoridade monetária brasileira no mercado de câmbio deve durar até o final do ano. Segundo ele, nada muda em relação ao anúncio feito em 22 de agosto último, de oferecer 60 bilhões de dólares para contribuir com a liquidez do mercado.

10. Tesouro pode ficar com "rombo" do Minha Casa Melhor

O programa Minha Casa Melhor pode representar uma fatura dupla para o Tesouro Nacional. O Tesouro teve que injetar mais recursos na Caixa Econômica Federal para financiar o programa e terá de compensar um eventual "rombo" com as perdas provocadas pelo resultado negativo dos empréstimos. A estimativa de perdas com os empréstimos do Minha Casa Melhor seria elevada, segundo documentos - porque na abordagem ao beneficiário do programa a orientação é de que não sejam observadas a análise de risco, restrição cadastral e a capacidade de pagamento.

Com Estadão Conteúdo e Reuters.

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