Economia

Leilões diários de dólares devem continuar até fim do ano

Programa de intervenções diárias do BC consiste na realização de leilões, de segunda-feira a quinta-feira, com ofertas diárias de US$ 500 milhões


	Alexandre Tombini: presidente do BC disse que o programa de intervenções diárias tem obtido sucesso na redução da volatilidade do real 
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini: presidente do BC disse que o programa de intervenções diárias tem obtido sucesso na redução da volatilidade do real  (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h56.

Brasília – O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (4), em Lisboa, que o programa de intervenção diária da autoridade monetária brasileira no mercado de câmbio deve durar até o final do ano.

Segundo ele, nada muda em relação ao anúncio feito em 22 de agosto último, de oferecer US$ 60 bilhões de dólares para contribuir com a liquidez do mercado.

Ao participar de reunião com autoridades de bancos centrais de países de língua portuguesa, Tombini disse que o programa de intervenções diárias tem obtido sucesso na redução da volatilidade do real. De acordo com áudio de seu pronunciamento, divulgado por sua assessoria em Brasília, o presidente do BC assegurou que o real é uma das moedas que mais tiveram valorização em relação ao dólar, desde o final de agosto.

No dia 22 de agosto, o dólar terminou o pregão vendido a R$ 2,42 – cotação mais alta desde a crise financeira de 2008. O BC iniciou o programa de intervenções diárias no dia seguinte, com o objetivo de conter a disparada da moeda norte-americana. A partir de então, o BC irrigou o mercado de câmbio com US$ 19 bilhões e a cotação do dólar tem oscilado no patamar de R$ 2,20.

O programa de intervenções diárias do BC consiste na realização de leilões, de segunda-feira a quinta-feira, com ofertas diárias de US$ 500 milhões, de swap cambial tradicional – equivalente à venda de divisas no mercado futuro – e todas as sextas-feiras com oferta de US$ 1 bilhão no mercado à vista, com compromisso de recompra futura.

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