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10 notícias para lidar com os mercados nesta quarta-feira

BM&FBovespa renova programa de recompra de ações; OGX fixa produção por poço no Campo de Tubarão Azul

Fábrica da Souza Cruz: empresa tem a ação mais cara dos países emergentes (Germano Lüders/EXAME.com)

Fábrica da Souza Cruz: empresa tem a ação mais cara dos países emergentes (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 12h07.

São Paulo - Aqui está o que você precisa saber:

1 - Entre as 10 ações mais caras dos mercados emergentes, três são brasileiras. O Brasil tem três ações entre as 10 mais caras dos mercados emergentes, avalia o banco Credit Suisse em um relatório. Os papéis foram selecionados entre os analisados pela equipe do banco com um corte para as 100 maiores em capitalização de mercado. De acordo com a análise, as ações da AmBev (AMBV4), que tem a recomendação neutra, são negociadas a um prêmio de 341%. Os papéis da Cielo (CIEL3), com indicação de desempenho acima da média, operam com um prêmio de 572,1%. A Souza Cruz (CRUZ3), com análise neutra, opera a um prêmio de 724,9%. É a ação mais cara da análise.

2 - BM&FBovespa renova programa de recompra de ações. A BM&FBovespa (BVMF3) aprovou o programa de recompra de ações, conforme mostra comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Serão até 60 milhões de ações ordinárias a serem adquiridas, que equivalem a 3,11% do total em circulação.O prazo máximo para a aquisição dos papéis é de 362 dias, a partir de 2 de junho de 2012 – indo até 28 de junho de 2013.

3 - OGX fixa produção por poço no Campo de Tubarão Azul. A OGX Petróleo e Gás Participações (OGXP3) informou na terça-feira que, depois de aproximadamente cinco meses de operação do Teste de Longa Duração (TLD) no Campo de Tubarão Azul, definiu a vazão ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia por poço para os dois primeiros poços nesse estágio inicial, ainda sem injeção de água. Segundo o comunicado da empresa, desde o início do TLD, os poços OGX-26HP e OGX-68HP foram testados com vazões que variaram de 4 mil a 18 mil barris de óleo equivalente por dia, garantindo melhor entendimento do modelo do reservatório e indicando a necessidade de substituição da bomba centrífuga submersa do poço OGX-26HP por uma bomba de características diferentes, de forma a ajustar a capacidade de bombeio à vazão ideal do poço.

4 - Caso Votorantim poderia, mas não servirá de lição a bancos. Em pouco mais de 12 horas, o Brasil conheceu dois efeitos dos excessos cometidos por bancos anos atrás, quando aceleraram a oferta de crédito em linha com a estratégia estatal de estimular o mercado interno para conter os efeitos da crise de 2008. Em ambos os casos, financiamentos automotivos de má qualidade aparecem como ícone dessa realidade. Foram eles os responsáveis pela decisão dos sócios Banco do Brasil e Votorantim Finanças (VF) de aportar 2 bilhões de reais no Banco Votorantim, anunciado na noite da véspera.

5 - Standard & Poor’s eleva ratings da TAM. Seguindo a conclusão da fusão com a chilena LAN, a Standard & Poor’s elevou os ratings de crédito corporativo da TAM de B+ para BB na escala global, e de BBB+ para AA na escala nacional, com perspectiva positiva. Segundo comunicado, a agência de classificação de riscos acredita que a empresa se beneficiará da qualidade de crédito do grupo consolidado, que possui uma posição mais forte que da empresa sozinha na América Latina. Dentro da nova empresa, avalia a S&P, a TAM também se beneficiará de uma rede de rotas complementares e menores custos com fornecedores.


6 - Justiça suspende licença ambiental da Suzano no Piauí. A Justiça Federal no Piauí determinou a suspensão do licenciamento ambiental da Unidade Industrial de Produção de Celulose e Papel Suzano no município de Palmeirais, concedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado. Segundo nota no portal da Justiça Federal no Piauí, a decisão, proferida na última sexta-feira, determina ainda que o Ibama assuma o licenciamento ambiental do empreendimento.

7 - CVM questiona conselho com maioria independente. A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, questionou na terça-feira durante o ICGN, congresso internacional de governança corporativa, no Rio, a avaliação clássica de que a melhor prática de mercado é ter um conselho de administração formado, em sua maioria, por conselheiros independentes como forma de proteção aos minoritários. Para a presidente da CVM, permitir que os acionistas relevantes assumam uma posição mais proeminente no conselho não deveria ser visto de forma negativa. Ao contrário, poderia ser encorajada à medida que uma das dificuldades do mercado brasileiro é atrair investidores com visão de longo prazo e não apenas investidores de alta frequência.

8 - UE aprova ajuda temporária ao espanhol Bankia. O banco espanhol Bankia recebeu aprovação temporária nesta quarta-feira para um resgate estatal, mas o governo espanhol terá que apresentar um plano de reestruturação dentro de seis meses para compensar o apoio concedido, disse a Comissão Europeia. O órgão executivo informou que a ajuda estatal inclui uma conversão de 4,465 bilhões de euros em ações preferenciais existentes detidas pelo Estado em capital e uma garantia de liquidez que chega aos 19 bilhões de euros em favor do grupo BFA e de sua unidade Bankia.

9 - Dívida de seis meses da Itália fica perto de 3% em leilão. Os custos de empréstimos de seis meses da Itália subiram para 2,957 por cento em um leilão na quarta-feira, nível mais alto desde dezembro, ampliando a pressão sobre o governo conforme ele busca, em uma cúpula da União Europeia nesta semana, medidas concretas para aliviar as tensões no mercado. Há um mês a Itália pagou 2,1 por cento para vender papéis de seis meses. A venda de 9 bilhões de euros em títulos nesta quarta-feira aconteceu antes de uma oferta de papéis de cinco e dez anos na quinta-feira, para até 5,5 bilhões de euros.

10 - Não haverá eurobônus 'enquanto eu estiver viva', diz Merkel. A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou novamente nesta terça-feira a ideia de criar eurobônus, declarando que não existirão enquanto "estiver viva", segundo participantes em uma reunião do grupo parlamentar liberal (FDP), aliado do governo. Nenhum dos participantes questionados foi capaz de citar posteriormente com exatidão as declarações da chanceler, mas vários deles afirmaram que Merkel declarou que "enquanto estiver viva" não haverá eurobônus para mutualizar os riscos da dívida dos países da zona do euro.

Bônus: Setembro: o mês mais cruel para os bancos

*Com Agência Estado, AFP e Reuters

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