São Paulo - As empresas têm agitado o mercado com a divulgação de seus resultados trimestrais. Enquanto algumas balanços ainda são aguardados, como o da Petrobras, que será divulgado no próximo dia 12, outros grandes, como o da Vale, já foram conhecidos. A corretora Coinvalores analisou os resultados já divulgados pelas empresas. A seguir estão as análises da corretora para as empresas em que a compra dos papéis é recomendada.
A mineradora Vale registrou prejuízo líquido de 6,663 bilhões de reais no terceiro trimestre, principalmente devido ao efeito contábil da forte desvalorização do real ante o dólar em sua dívida e em meio aos baixos preços do minério de ferro. Para a Coinvalores o grande destaque dos resultados foi “a melhora na rubrica de custos e despesas, sendo que no total houve retratação de 22,5% em relação ao mesmo período de 2014." “Além disso, a entrada em operação do S11D e a redução na necessidade de CAPEX a partir de 2016 deve continuar se traduzindo em interessantes números”, ressalta relatório da Coinvalores.
A CCR teve queda de 28,6% no lucro líquido do terceiro trimestre na comparação anual, a 247 milhões de reais. A companhia obteve melhora no resultado operacional no período, mas o avanço de 67% da despesa financeira, para 365,8 milhões de reais, levou a empresa a divulgar lucro menor. “O destaque continua sendo o avanço da CCR para fora das rodovias, com as receitas desses projetos passando de 6,6% para 10,1% do total da companhia”, ressalta a Coinvalores.
A M. Dias Branco registrou lucro líquido de 165 milhões de reais no terceiro trimestre de 2015, alta de 11,3% cobre o mesmo período do ano anterior. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 7,7% no período, para 192,9 milhões de reais. Para a Coinvalores, o resultado da companhia foi impactado pela fraca dinâmica da economia doméstica. “Em termos de médio prazo, a M. Dias Branco deverá inaugurar novos moinhos e integrar a capacidade produtiva adcional, dando inicio a uma fase final de seu processo de fabricação própria de insumos”, relata a Coinvalores.
A fabricante de aviões Embraer teve prejuízo líquido atribuível a acionistas de 387,7 milhões de reais no terceiro trimestre. No mesmo período do ano passado a companhia registrou um resultado negativo de 24,3 milhões. Apesar do resultado, a companhia teve alta de 62% na receita líquida do período, para 4,577 bilhões de reais. “A Embraer continua sob sólidos fundamentos, que apesar dos impactos financeiros da desvalorização cambial e revisão de guidance do segmento de Defesa e Segurança, o resultado operacional da companhia ainda se pauta na elevada competitividade de suas operações, assim como sua robusta demanda mundial, de forma que mantemos nossa visão positiva para a companhia”, afirma o relatório da Coinvalores.
A WEG encerrou o terceiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 265,409 milhões, o que representa um avanço de 2,6% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Já o seu Ebitda somou R$ 395,093 milhões entre julho e setembro, com evolução de 12,7% em relação ao registrado um ano antes. “Observamos aumento da representatividade das receitas advindas do exterior (mercado externo representou 57% das receitas no terceiro trimestre)”, ressalta a Coinvalores.
A Grendene fechou o terceiro trimestre de 2015 com lucro líquido de 133,5 milhões de reais, avanço de 5,9% em relação aos 26 milhões de reais do mesmo período do ano passado. Para a Coinvalores o destaque da empresa continua sendo sua flexibilidade operacional, fruto da estratégia de internacionalização das marcas da companhia. “O avanço das receitas de exportações permitiu que a Grendene apresentasse ganhos de 2,7 p.p. na margem bruta e 2,8 p.p. na margem EBITDA.", afirma um relatório da Coinvalores.
A Fibria Celulose reportou um prejuízo líquido de de 601 milhões de reais no período de julho a setembro, uma piora frente ao resultado negativo de 359 milhões de reais no mesmo período do ano passado. O resultado financeiro ficou negativo em 2,35 bilhões de reais, frente a indicador também no vermelho de 785 milhões de reais no terceiro trimestre de 2014. Apesar disso, a receita líquida da companhia foi de 2,79 bilhões de reais, um avanço de 60% em bases anuais, impulsionado pelos reajustes de preços de celulose e a desvalorização do real frente ao dólar. “De forma geral a Fibria continua a se destacar pelos custos de produção altamente competitivos e larga escala de produção, o que garante vantagens estratégicas a companhia", afirma relatório da Coinvalores.
O lucro líquido do Bradesco subiu 6,3% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo perído de 2014 e fechou em 4,12 bilhões de reais. Excluindo efeitos extraordinários, o lucro ajustado do banco somou 4,533 bilhões de reais, alta de 14,8% sobre um ano antes. “A carteira de crédito ainda mostra expansão, mesmo nesse ambiente bastante adverso, com alta de 2,4% em três meses. O resultado de seguros continuou vindo bom, com alta de 2,5% do lucro líquido do segmento em três meses e 24,4% em doze meses”, afirma o relatório da Coinvalores.
A empresa de logística JSL teve uma receita bruta de 1,68 bilhão de reais no terceiro trimestre de 2015, uma alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. “As operações da Movida (segmento de Rent a Car) tiveram forte performance em decorrência das expansões da base de ativos e pontos de venda. Apenas para ilustrar, desde a aquisição da empresa, em 2013, a frota saiu de 2,4 mil carros para 51,1 mil e o número de lojas saltou de 29 para 146 pontos”, afirma um relatório da Coinvalores.
A operadora de planos dentais Odontoprev registrou um lucro líquido de 43,5 milhões de reais no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 3,8% em relação a 2014. “Mesmo em meio ao repique na taxa de desemprego, a carteira de beneficiários expandiu para 6,4 milhões neste trimestre ante 6,3 milhões no trimestre anterior”, ressalta relatório divulgado pela Coinvalores.
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