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Lojas Americanas salta 20% com possível combinação de negócios com B2W

Analistas da Exame Invest Pro veem anúncio como "muito positivo" para as empresas, citando que movimento pode trazer ganho de eficiência em toda a cadeia

 (Alexandre Battibugli/Exame)

(Alexandre Battibugli/Exame)

PB

Paula Barra

Publicado em 22 de fevereiro de 2021 às 11h48.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2021 às 19h07.

Em dia predominantemente negativo no Ibovespa, as ações da Lojas Americanas (LAME4) destoaram do movimento do mercado e dispararam 19,88% nesta segunda-feira, 22, fechando como a maior alta do índice. O movimento ocorreu após a companhia anunciar, na noite da última sexta-feira, a criação de um comitê independente para estudar uma "potencial combinação operacional" de seus negócios com a sua subsidiária de comércio eletrônico B2W (BTOW3), dona das marcas Submarino, Americanas.com e Shoptime.

Os papéis ordinários da Lojas Americanas (LAME3), que são negociados fora do Ibovespa e também têm menos liquidez em Bolsa, subiram  40,00%. As ações da B2W avançaram 1,15% nesta sessão.

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Em relatório desta data, os analistas da Exame Invest Pro comentam que, embora ainda não tenham mais detalhes sobre como a combinação de negócios ocorrerá -- e, por isso, ainda não seja possível mensurar a potencial geração de valor para os acionistas --, ainda assim, veem o movimento como "muito positivo" para as empresas.

"Com ambas as marcas consolidadas, o ganho de eficiência seria em toda a cadeia com uma plataforma realmente multicanal, maior capacidade de logística, base de clientes mais ativa e um tráfego de informação muito mais integrado, envolvendo de forma mais direta o mundo online e offline". Eles acrescentam também que o crescimento inorgânico não seria mais dividido entre as companhias, assim como foi no caso de Ame, o que poderia gerar ainda mais sinergias entre as empresas.

Para eles, o mais provável é que a B2W incorpore as Lojas Americanas tendo em vista o montante relevante de crédito fiscal detido pela B2W no valor de 3,4 bilhões de reais, acumulado ao longo dos anos de prejuízo da empresa.

As Lojas Americanas possuem 62% da B2W e formam juntas uma grande plataforma multicanal, mas ainda não 100% integradas. "Se combinadas, terão uma base de 46 milhões de clientes e um valor bruto de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) esperado de aproximadamente 42 bilhões de reais para 2020, equivalente às nossas expectativas inclusive para Magazine Luiza (MGLU3)", comentam.

Os analistas mantiveram recomendação de compra para Lojas Americanas e o preço-alvo em 37,50 reais, o que implica em um potencial de valorização de 55,3% frente ao último fechamento.

Em relação ao valuation de Lojas Americanas, eles apontam ainda que o mercado subavalia a operação de varejo físico da companhia, com as ações sendo negociadas -- considerando apenas a parte de varejo físico -- a 12,1 vezes o indicador Preço sobre Lucro (P/L) estimado para este ano, contra uma média acima de 25 vezes das demais varejistas listadas na Bolsa. "Acreditamos ser factível somente a operação de lojas físicas da companhia negociar próximo à média do setor".

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