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Ibovespa sobe 9,3% no mês e tem 5º ano seguido de alta; dólar salta 29% em 2020

Depois de ter renovado mais cedo máxima intradiária em 120.149 pontos, índice encerra o pregão em baixa de 0,33%, mas ainda próximo ao seu recorde de fechamento

Painel de cotações da B3  (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 30 de dezembro de 2020 às 09h27.

Última atualização em 30 de dezembro de 2020 às 18h59.

Depois de ter superado mais cedo pela primeira vez a marca simbólica dos 120.000 pontos na máxima intradiária (batendo os 120.149 pontos), o Ibovespa cedeu os ganhos e fechou em baixa de 0,33% no último pregão do ano, cotado em 119.017 pontos. Ainda assim, muito próximo de renovar sua máxima histórica de fechamento em 119.527,63 pontos, conquistada em 23 de janeiro deste ano. O movimento veio na esteira de notícia de que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar as medidas sanitárias excepcionais do estado de calamidade pública decretado em função da pandemia do novo coronavírus, segundo a CNN Brasil.

Apesar da baixa hoje, o índice teve seu segundo mês consecutivo no positivo, encerrando dezembro com alta de 9,28%, impulsionado por otimismo com vacinas e forte entrada de recursos estrangeiros na B3. No mês, o saldo está positivo em 17,7 bilhões de reais até o dia 28, depois de ter atingido em novembro a marca de 33,3 bilhões de reais. No ano, o benchmark da bolsa brasileira fechou com alta de 2,90%, seu quinto ano consecutivo no positivo.

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O dia de ajuste do Ibovespa hoje ficou descolado dos principais índices acionários dos Estados Unidos, que subiram após o Reino Unido aprovar vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela bio-farmacêutica AstraZeneca com a Universidade de Oxford.

Com o aval dado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA) do Reino Unido para a vacina da Oxford/AstraZeneca, o país passa a ser o primeiro país a aprovar esta vacina, que é mais barata e tem distribuição menos complexa que seus pares. “A notícia dá celeridade ao processo de vacinação no mundo. Quanto mais vacinas forem aprovadas, mais rápida é a perspectiva de retorno à normalidade. Isso ajudou a trazer um otimismo para o mercado mais cedo, apesar da segunda onda de Covid-19 ainda estar muito forte”, afirma afirma Victor Aguiar, especialista em ações da EXAME Research.

Nos Estados Unidos, seguem as negociações no Senado americano em relação à votação da proposta que pode servir como impulso adicional à economia: subir de 600 para 2.000 dólares o auxílio a americanos afetados pela crise.

O líder da maioria republicana, Mitch McConnell, sinalizou ser a favor da mudança, desde que venha acompanhada da retirada de proteções a empresas de redes sociais e da investigação aos resultados das eleições em novembro, algo que a minoria democrata deve rejeitar. Ele não deu uma data para que a votação aconteça. Outra notícia que pode mobilizar os investidores é a detecção do primeiro caso da mutação da Covid-19 no país, no estado do Colorado. 

Mesmo com o avanço da pandemia, a perspectiva no mercado americano é positiva. Com as notícias de estímulos para economia e avanço da vacinação no mundo, os três principais índices dos EUA registraram alta nesta quarta-feira. O Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,24%, 0,13% e 0,15%, respectivamente.

No câmbio, o dólar registrou alta de 0,11%, indo para 5,1887, com notícia sobre prorrogação do estado de calamidade pública, embora tenha amenizado um pouco o movimento após explicação sobre a decisão, que prevê a prorrogação apenas de medidas sanitárias excepcionais. Além disso, o pregão foi marcado por definição da Ptax de fim de ano e baixo volume financeiro. No ano, o dólar subiu 29%, a maior alta anual desde 2015, quando registrou ganhos de 48%. 

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