Invest

Ibovespa supera os 125 mil após mais de quatro meses

Índice de inflação americano não assusta investidores, que seguem animados com dados de recuperação econômica

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 28 de maio de 2021 às 13h30.

Última atualização em 28 de maio de 2021 às 15h23.

O Ibovespa sobe nesta sexta-feira, 28, acompanhando o tom positivo do mercado internacional, que segue embalado por dados de forte recuperação da economia americana divulgados na véspera. Às 15h20, o principal índice da B3 subia 0,85% para 125.417 pontos. Esta foi a primeira vez desde o início de janeiro que o Ibovespa superou a marca dos 125.000 pontos. O índice também se aproxima de bater sua máxima histórica de 125.323,53 pontos.

Mais cedo, investidores estiveram atentos à divulgação do índice de preço de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), que subiu 3,6% na comparação anual, em abril. Já o núcleo do PCE anual acelerou de 1,9% para 3,1%. 

Embora tenha ficado levemente acima das expectativas de 2,9%, seus efeitos sobre as perspectivas de inflação foram insuficientes para cessar o bom humor dos investidores.

“O PCE não assustou e isso mostra que estava certa a paciência do Federal Reserve [Fed, banco central americano] em não apertar sua política monetária”, diz Jefferson Laatus, estrategista-chefe e sócio-proprietário do Grupo Laatus. Refletindo o arrefecimento dos temores de inflação, o índice Nasdaq tem o melhor desempenho entre os três principais do mercado americano. Com maior composição de empresas com teses de crescimento, o Nasdaq é o mais sensível às variações de perspectivas de redução de estímulos.

Na bolsa, as ações da Petrobras (PETR3/PETR4) ajudam a puxar a alta do Ibovespa, chegando a subir mais de 5%, em linha com a valorização do petróleo no mercado internacional. Referência para a política de preço da estatal, o petróleo Brent avança pelo sexto pregão consecutivo, acumulando apreciação de quase 5% na semana. 

A melhora de recomendação por parte de analistas do JPMorgan também contribui com a alta da Petrobras. Segundo o banco, o preço-alvo dos papéis estaria em 35,5 reais.

Investidores também têm aumentado suas posições em ações de empresas que mais se beneficiam com a maior circulação de pessoas e a retomada da economia brasileira. Entre elas estão as da CVC (CVCB3) e de empresas de varejo físico, como Marisa (AMAR3), Lojas Renner (LREN3), Hering (HGTX3) e Vivara (VIVA3), que chegam a subir mais de 3%

Entre os destaques de queda também estão as ações da Azul (AZUL4), com queda de quase 4%, com investidores ainda realizando lucros do início da semana, quando os papéis dispararam com os rumores sobre uma possível compra das operações brasileiras da Latam. A GOL (GOLL4), que acompanhou parte do movimento da Azul, também é negociada em queda de mais de 3%.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Invest

Desenrola Fies: prazo para renegociar até 99% da dívida termina dia 31; veja como participar

Veja quais são os 5 melhores fundos imobiliários (FIIs) para investir agora

Ibovespa abre em alta após queda de mais de 6% de Petrobras na sessão anterior

Petrobras (PETR4), inflação americana, união da Auren e AES Brasil: o que move o mercado

Mais na Exame