O que são fundos multimercados e como funcionam?

Os fundos multimercado representam uma importante alternativa de investimento para quem busca maior diversificação e gestão de patrimônio feita por um gestor profissional.

A categoria pode ser interessante para os investidores que não têm tempo suficiente para estudar quais são os melhores ativos para investir, e preferem deixar seu dinheiro na mão de um gestor. Mas afinal, o que são fundos multimercado?

O que são fundos de investimento?

Para entender melhor o que são fundos multimercado, é essencial compreender primeiro o que é um fundo de investimento. Resumidamente, se trata de uma combinação de recursos de investidores que será aplicado em determinado ativo ou no conjunto deles.

Os ativos de um fundo podem ter várias categorias e, em linhas gerais, as estratégias de investimento adotadas pelo fundo e seu gestor , que é o profissional responsável pelas aplicações a fim de obter os melhores rendimentos para os cotistas, também podem diferir.

Basicamente, um fundo é um tipo de investimento coletivo, em que os investidores não precisam analisar cada um dos ativos separadamente e acompanhar continuamente o mercado, já que em tese o gestor é quem vai escolher os melhores investimentos daquele segmento para o cotista do fundo.

No entanto, o estudo por parte do investidor pode auxiliar na escolha do fundo. Um maior conhecimento do mercado ajuda a ter uma melhor perspectiva sobre as escolhas feitas pelo gestor e a estratégia do fundo e suas adequações com o perfil de risco do investidor e interesses de retorno.

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O que são fundos multimercado?

O fundo multimercado é um dos tipos de fundo de investimento que aplica recursos em diferentes mercados, como renda fixa , ações, câmbio, derivativos, entre outros. Dessa forma, a exposição do investidor nessa categoria permite que ele tenha investimentos mais diversificados e feitos de maneira estratégica para cada momento econômico do Brasil.

Os fundos multimercado aplicam o dinheiro em diferentes ativos e cada um tem sua estratégia e objetivos com relação ao investimento. Isso faz com que se amplie a quantidade de opções para que os investidores encontrem o melhor produto financeiro.

Nesses fundos, o gestor tem maior liberdade para escolher os investimentos mais adequados, o que colabora para que o investidor tenha mais rentabilidade sobre o seu dinheiro tanto em cenários de juros mais altos (favorecendo a renda fixa ), quanto um cenário de juros baixos (beneficiando os ativos de renda variável, como ações e fundos imobiliários ).

O gestor ainda tem a opção de alavancar nos investimentos, possibilitando resultados melhores, caso a tese de investimento que ele utilize traga números positivos. Quando é feito um investimento em um fundo multimercado, o investidor praticamente confia na habilidade e potencial do gestor.

Os resultados positivos ou negativos daquele fundo vão depender justamente do sucesso dos investimentos e das estratégias usadas pelo gestor. Alguns adotam alternativas mais arrojadas, com perfil de risco mais arriscado, mais próximo do que seriam os fundos de ações.

Outros preferem investir em ativos mais conservadores, se aproximando mais aos fundos de renda fixa, por exemplo. Cabe ao investidor definir qual é o tipo de fundo multimercado que mais se aproxima ao seu perfil e as opções inseridas nele.

Quando vale a pena investir em fundos multimercado?

Os fundos multimercados – que são fundos compostos por diferentes ativos como ações, CDBs, títulos públicos, derivativos, entre outros – podem ser mais interessantes para investidores que buscam uma maior diversificação em seus investimentos, mesmo para quem não tem tanto dinheiro para fazer suas alocações.

Eles podem ter uma maior variação de preços, ou seja, uma maior volatilidade em suas cotações. Por conta disso, estão associados a ativos de maior risco, o que faz com que tenham maior potencial de retorno no longo prazo.

Assim, é importante que o investidor não coloque o dinheiro da reserva de emergência em fundos desse tipo, já que eles podem ter um prazo de resgate maior. Nesse caso, os fundos de renda fixa e demais com perfil de risco semelhante, podem ser alternativas mais seguras e interessantes para esse tipo de estratégia.

Quando se trata de uma reserva de emergência, o prazo de resgate é um fator muito importante, já que se refere aos recursos que serão utilizados em momentos excepcionais e imprevisíveis da vida e exigem rapidez em sua utilização.

Sendo assim, se sua estratégia estiver focada em maiores rendimentos e construção de patrimônio, como no caso de investimentos para aposentadoria, os fundos multimercado podem ser excelentes opções.

No entanto, se os objetivos estão focados em segurança e liquidez, existem opções mais apropriadas no mercado para esse intuito. Avaliar se vale a pena investir em fundos multimercado depende muito do contexto financeiro e objetivos do investidor.

Com qual valor consigo começar a investir em fundos multimercado?

Não há limite máximo de valor para começar a investir em fundos multimercado. No entanto, muitos deles podem apresentar um valor mínimo para iniciar. Esses valores podem variar conforme o tipo de fundo em questão.

Sendo assim, para saber o valor para começar a investir em fundos multimercado, é fundamental verificar se existe um valor de aplicação e requisitos mínimos estabelecidos pelo fundo. Assim, é preciso observar se eles estão adequados às suas condições.

O risco associado à carteira de investimentos de um fundo é um dos fatores que podem ser decisivos na definição desse valor mínimo de aplicação. Quando se trata de fundos de varejo, por exemplo, o montante costuma ser mais baixo.

Nesse segmento, muitos fundos permitem investimentos a partir de R$ 500. Outros tipos podem ter valores mais elevados, como de R$ 250 mil em fundos mais sofisticados. Fundos com riscos mais elevados, por exemplo, pedem por valores iniciais ainda mais altos.

Dentro do mundo dos investimentos, existem os chamados investidores “qualificados”, com permissão para investir em fundos mais arriscados e específicos. Para entrar nessa categoria, é necessário ser um investidor profissional. Outra forma é passar por testes técnicos de qualificação.

Os investidores que têm aplicações de mais de R$ 1 milhão ou contam com certificações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o mercado financeiro também se encaixam na categoria de investidores “qualificados”. Assim, é possível investir em diversos fundos que muitos não têm acesso.

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