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Eletrobras sobe 4% após governo reforçar privatização; Suzano cai 5%

Confira os principais destaques de ações desta quarta-feira

Eletrobras: lei que viabiliza privatização foi publicada em julho de 2021. (Dado Galdieri/Bloomberg)

Eletrobras: lei que viabiliza privatização foi publicada em julho de 2021. (Dado Galdieri/Bloomberg)

PB

Paula Barra

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 11h00.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 18h48.

Em sessão volátil, o Ibovespa encerrou em alta de 0,43% , em 111.878 pontos. Entre as maiores contribuições positivas em pontos para o índice, apareceram as ações da B3 (B3SA3), que dividem com a Vale o posto dos papéis mais recomendado entre corretoras e bancos para dezembro, NotreDame Intermédica (GNDI3), que levantou 3,75 bilhões de reais com oferta de ações, e Petrobras (PETR4), que avançou mais de 1%, impulsionada pelos preços do petróleo no mercado internacional.

Do outro lado, as ações da Vale (VALE3) foram as que mais pressionaram o índice em pontos. Depois de forte alta ontem, a mineradora recuou 1,7% neste pregão, descoladas dos preços do minério de ferro. Suzano (SUZB3), que teve sua primeira baixa após subir por quatro pregões consecutivos, e Ultrapar (UGPA3), vieram na sequência. Em variação, Cia Hering (HGTX3) liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 6,13%, enquanto Suzano (SUZB3) ultrapassou Braskem (BRKM5), que caiu 4,87%, e puxou as perdas. A empresa de papel e celulose recuou 5,01% hoje.

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Confira abaixo os principais destaques deste pregão:

Eletrobras

As ações da Eletrobras (ELET3; ELET6) ganharam força nesta tarde após o governo voltar a falar em privatização. Os papéis ordinários da estatal subiram 4,37%, enquanto os preferenciais avançaram 4,03%.

Em coletiva concedida nesta quarta-feira, para a divulgação do calendário de desestatizações, o governo disse que a privatização da companhia deve sair do papel até 2021, mesmo diante de resistências do Congresso. O Ministério da Economia também adiantou que a privatização da empresa pode atingir 60 bilhões de reais.

Vale 

Após disparada recente, as ações da Vale (VALE3) recuaram 1,74% na sessão, na contramão dos preços do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity negociados na Bolsa de Dalian, na China, subiram 3,43% na sessão, indo para 934 iuanes, ou 142,28 dólares, a tonelada.

No radar, a companhia reduziu nesta manhã sua estimativa de produção de minério de ferro em 2020 para 300 milhões e 305 milhões de toneladas, abaixo da meta mais recente, que era de 310 milhões a 330 milhões de toneladas para o ano, segundo fato relevante divulgado ao mercado. Para 2021, a produção de minério de ferro da Vale deverá crescer para uma faixa entre 315 e 335 milhões de toneladas.

Apesar da queda hoje, a ação da mineradora vem de um forte embalo na Bolsa -- acumula alta de mais de 25% nos últimos 14 pregões, operando próxima de sua máxima histórica -- e, para analistas, ainda tem espaço para subir mais. No ranking das carteiras de corretoras e bancos para dezembro, o papel dividiu com a B3 o posto dos mais recomendados para o mês.

Em entrevista à EXAME Invest, divulgada hoje, Renato Mimica, sócio do BTG Pactual Digital e diretor de investimentos da EXAME Research, comentou que segue com visão otimista para commodities, principalmente com Vale. Na sua leitura, os papéis da mineradora, que fazem parte da carteira de ações da EXAME, devem continuar sendo beneficiados por um preço de minério alto, puxado pela China.

Petrobras

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que iniciaram o dia no negativo, viraram para alta e subiram mais de 1%, impulsionadas pelos preços do petróleo no mercado externo. Os contratos do petróleo Brent, negociado em Londres e usado como referência pela estatal, avançaram 1,6% nesta tarde, em meio a expectativas pela reunião da Opep+. A reunião, que ocorreria ontem, foi adiada para amanhã, quando é esperado que se decida sobre o adiamento do corte da produção da commodity por pelo menos mais 3 meses.

Bancos

Depois da forte alta da véspera, os papéis dos grandes bancos tiveram sessão volátil, mas conseguiram fechar no positivo, com investidores em busca de papéis que ficaram atrasados na pandemia. Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) subiram 1,08%, 0,77%, 0,43% e 0,69%.

Braskem 

As ações da Braskem (BRKM5) caíram 4,7%, na segunda maior queda do Ibovespa, após a companhia informar que o México suspendeu serviços em seu complexo petroquímico no país. Em comunicado ao mercado, a empresa diz que foi avisada pela sua controlada no México sobre notificação da agência do governo mexicana Cenagas sobre interrupção, de forma unilateral, do serviço de transporte de gás natural, insumo energético essencial para produção de polietileno no Complexo Petroquímico do México.

"Com isso, e respeitando os protocolos de segurança, a Braskem Idesa iniciou os procedimentos para a interrupção imediata das atividades operacionais, o que poderá impactar materialmente os resultados operacionais ou financeiros da Companhia, a depender do prazo de paralisação", informa a companhia.

A empresa diz ainda que a Braskem Idesa adotará as medidas legais aplicáveis na busca da preservação dos seus direitos e de uma solução para a questão e não pode estimar, neste momento, a data para o retorno de suas atividades.

NotreDame Intermédica 

As ações da NotreDame Intermédica (GNDI3) subiram 4,38%. Ontem, a companhia precificou sua oferta de ações com esforços restritos a 69,50 por papel, com a venda de 54 milhões de ações ordinárias, levantando 3,75 bilhões de reais com a operação. A quantidade inicial de ações, de 40 mil papéis, foi acrescida em 35%, ou 14 milhões de papéis, por meio de lote adicional.

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