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Evitar pior FII é mais eficiente do que buscar o melhor, diz especialista

Segundo Arthur Vieira, da EXAME Research, a dica para o investidor iniciante em Fundos Imobiliários é ir devagar e começar pelos grandes fundos

Em setembro deste ano, o número de investidores pessoas físicas de FIIs chegou a marca de 1 milhão (VichienPetchmai/Thinkstock)
JP

Juliano Passaro

Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 16h43.

Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 18h22.

Você quer aportar seus recursos em fundos imobiliários (FIIs), mas tem medo de cair em armadilhas? Esta dúvida é corriqueira entre os investidores iniciantes. Por isso, o professor de FIIs da EXAME Research, Arthur Vieira, afirmou que é necessário que o investidor sempre busque conhecimento para entender o que precisa evitar na hora de realizar seus aportes.

"Evitar os piores [ FIIs ] é muito mais eficiente do que buscar o melhor. Isso porque o melhor neste ano pode não ser o melhor no ano que vem. Isto é efêmero. Comece por fundos grandes, de patrimônio grande, que são bem diversificados e que já possuem alguns anos na indústria", disse Vieira.

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Segundo o especialista em FIIs, os "fundos grandes" têm porte para diversificar e fazer grandes operações exclusivas, além de terem passado por momentos bons e ruins do mercado, o que significa que eles já foram testados pelos altos e baixos. "Este é um mercado sério e que vem entregando resultados consistentes. A dica é ir devagar e começar pelos grandes", destacou Vieira.

Em conversa com Arthur Vieira, no " FIIs em EXAME ", Alessandro Vedrossi, sócio da Valora Investimentos e gestor do Valora RE III (VGIR11), afirmou que o investidor deve ter sempre uma visão de longo prazo. "Existe uma discussão entre renda e ganho de capital. Quando olho o fundo como VGIR11, vejo que realmente o rendimento hoje não está tão alto, está baixo. Por outro lado, com a taxa de juros voltando no ano que vem [suposição], é natural que a cota volte", explicou Vedrossi, que está no mercado imobiliário desde 1993.

Fundos de CRIs

O que são FIIs de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários)? Os CRIs são títulos de renda fixa, de crédito privado, emitidos por securitizadoras, que geram um direito de crédito ao investidor. Ao aportar seu patrimônio em um CRI, o investidor tem a garantia de que receberá o valor investido corrigido por um indexador, sendo este o IGP-M ou a inflação, mais uma taxa de juros combinada previamente. Os fundos de CRIs também são conhecidos como fundos de papel.

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O que pode fazer uma operação de CRI dar errado?

De acordo com o professor Arthur Vieira, é raro acontecer erros em operações de CRI, porém o próprio especialista já viu acontecer fraudes nas operações. Para evitar isso, é necessário que o gestor do fundo imobiliário esteja sempre atento aos processos.

"CRI é um produto de crédito estruturado, portanto o acompanhamento da evolução dessas operações ao longo do tempo é fundamental. A qualidade da prestação de serviços das securitizadoras, hoje, claramente é melhor do que era e vem evoluindo. Se você acompanhar de perto, nada de errado vai acontecer, por isso é tão importante o papel do gestor do fundo imobiliário ", destacou Vedrossi.

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