Pioneiros da IA no Google saem da empresa para criar nova startup
Llion Jones, coautor do revolucionário paper "Transformers", une forças com David Ha, ex-líder de IA do Google, e funda a Sakana AI
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Publicado em 20 de agosto de 2023 às, 19h00.
Última atualização em 23 de agosto de 2023 às, 10h30.
Llion Jones, um dos pesquisadores americanos que acelerou as pesquisas da inteligência artificial (IA) generativa, acaba de anunciar sua nova jogada no setor.
Depois de deixar o Google, Jones agora é fundador da Sakana AI, com sede em Tóquio, juntamente com David Ha, ex-chefe da divisão de pesquisa de AI do Google no Japão.
Jones, como CTO da Sakana AI, foi um dos oito pesquisadores do Google envolvidos no desenvolvimento de um software denominado "transformer".
Esse software desencadeou o surgimento de IA generativa, que engloba chatbots como ChatGPT e Bard, bem como geradores de imagens como Stability AI, Midjourney e Dall-E.
O estudo sobre "Transformers" foi publicado em junho de 2017. Desde então, todos os co-autores se afastaram do Google, com Jones sendo o último dos oito a sair.
A Sakana AI tem planos ambiciosos de construir seu próprio modelo de IA generativa. O campo é altamente competitivo, com gigantes globais como Google, Microsoft e OpenAI dominando o espaço.
Mas eles esperam ter uma fatia dos investimentos iniciais do setor. Considerando que a Microsoft anunciou este ano um investimento de U$ 10 bilhões na OpenAI.
E outras startups, como Cohere e Character.ai, recentemente levantaram fundos com avaliações de US$ 2 bilhões e US$ 1 bilhão, respectivamente, o cenário é positivo.
Novo modelo
O nome "Sakana" é inspirado na palavra japonesa para peixe, さかな (sa-ka-ná). Segundo os cofundadores, a escolha busca evocar a ideia de “um cardume de peixes formando uma entidade coerente a partir de regras simples”.
O duo, inspirado por conceitos da natureza, vê limitações nos modelos atuais de IA, que muitas vezes são estruturados como construções rígidas. Em contraste, sistemas naturais são adaptáveis e sensíveis às mudanças em seu ambiente.
A escolha de Tóquio como sede da Sakana AI foi estratégica. Jones e Ha, que têm residido no Japão há anos, apontam que a cidade é perfeitamente posicionada para o crescimento de uma empresa de AI, graças à sua infraestrutura técnica de alta qualidade e à mão de obra qualificada.
Além disso, o ambiente é visto como atraente para talentos estrangeiros. Eles também destacaram a importância dos dados de treinamento e das máquinas otimizadas para sociedades e culturas não ocidentais como catalisadores potenciais para futuros avanços tecnológicos.
Créditos

André Lopes
RepórterCom quase uma década dedicada à editoria de Tecnologia, também cobriu Ciências na VEJA. Na EXAME desde 2021, colaborou na coluna Visão Global, nas edições especiais Melhores e Maiores e CEO. Atualmente, é editor de Inteligência Artificial.Mais lidas em Inteligência Artificial
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