EUA investigam possível acesso da DeepSeek a chips avançados da Nvidia por Singapura
O sucesso da IA despertou a desconfiança de autoridades estadunidenses a respeito de se a startup teria conseguido burlar restrições impostas à China


Redatora
Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 10h14.
Autoridades dos Estados Unidos estão investigando se a startup chinesa DeepSeek conseguiu obter chips avançados da Nvidia por meio de Singapura, segundo a Bloomberg, que ouviu fontes próximas ao caso. Sanções norte-americanas impedem a exportação de semicondutores de alta capacidade para a China, dificultando o avanço da inteligência artificial no país.
Apesar das restrições, a DeepSeek lançou um modelo de linguagem de IA altamente eficiente, o que gerou especulações sobre o uso de tecnologias ocidentais. O modelo, chamado DeepSeek R1, consegue mimetizar o raciocínio humano e influenciou o mercado de tecnologia, chegando a impactar as ações da própria Nvidia.
Até o momento, a DeepSeek não revelou totalmente qual chip utilizou para desenvolver seus modelos. Pesquisadores da startup informaram, em artigo acadêmico, que o treinamento do modelo V3, lançado em janeiro, foi realizado com o chipH800da Nvidia. Esse semicondutor foi desenvolvido para atender às sanções impostas pelos Estados Unidos à China, oferecendo menor capacidade computacional em comparação aos chips topo de linha da empresa.
Regras mais rígidas de exportação
Em outubro de 2023, o governo dos EUA ampliou as restrições, proibindo o envio do H800 para a China. Como resposta, a Nvidia criou o H20, um chip com capacidades ainda mais reduzidas para atender às novas exigências regulatórias.