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Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 15h45.
São Paulo – O mundo corporativo vive um momento de transição na forma de administração da força de trabalho. O estilo moderninho de gestão de pessoas, praticado primeiramente pelas empresas de tecnologia, como o Google, não é apenas uma moda. Para David Ulrich, professor de Gestão na Ross School of Busines, da Universidade de Michigan, essa transição não tem volta.
A base de todo esse movimento estaria na incorporação definitiva da tecnologia na mão-de-obra e na rotina de trabalho. “A tecnologia e a mobilidade estão no centro das adaptações que as empresas precisam fazer para se adequar ao mercado de trabalho”, afirma o professor, considerado a maior autoridade em gestão-de-pessoas do mundo.
Em visita a São Paulo para o Fórum HSM - Gestão e Liderança, o especialista mencionou uma realidade bastante comum aos habitantes de grandes metrópoles. “Há seis anos venho aqui e enfrento grandes congestionamentos. Penso no quanto de produtividade perde-se aqui enquanto essas pessoas poderiam estar trabalhando em suas casas”, afirma. “A tecnologia mudou também a localidade do trabalho.”
Outro ponto fundamental está no balanço entre vida pessoal e profissional – e quem vem liderando esse movimento é o público mais jovem, ou a polêmica Geração Y. “O trabalho não dá sentido à vida dos jovens, é apenas mais uma das faces deles. Os mais jovens pensam e vivem diferente”, afirma.
Variedade
Embora o apelo desses elementos seja universal, Ulrich faz questão de lembrar que “nenhuma ferramenta funciona em todos os lugares”.
Da mesma forma, as políticas de recursos humanos tendem a ser cada vez menos generalistas. “Os times de melhores performances apresentam uma grande diversidade de práticas”, diz.
No entanto, os valores e a cultura da empresa devem permear toda a equipe - e devem sim ser critérios eliminatórios na escolha dos candidatos, mesmo em momentos de escassez de talentos. “É possível ensinar processos e técnicas, mas valores e cultura devem vir com a pessoa”, afirma.
No mesmo sentido, Ulrich entende que as habilidades de liderança devem vir com os profissionais. “Todo líder pode conduzir qualquer companhia, desde que aprenda um mínimo de habilidades técnicas”, afirma.