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Polícia desfaz acampamento de imigrantes no centro de Paris

A operação, que começou às 5h local desta manhã, contou com um grande desdobramento policial e com a participação de várias organizações humanitárias

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 09h12.

Paris - Cerca de 400 refugiados foram desalojados pela polícia de Paris nesta terça-feira de um acampamento no qual residiam desde julho, uma vasta aglomeração de barracas na Praça da Chapelle, no centro-norte de Paris.

A operação, que começou às 5h local (0h, em Brasília) desta manhã, contou com um grande desdobramento policial e com a participação de várias organizações humanitárias que acompanharam as pessoas evacuadas até os oito ônibus habilitados para o despejo.

"O perigo iminente da propagação de uma epidemia de disenteria exigia uma atuação urgente", revelou um porta-voz policial em declarações aos meios de comunicação.

Horas antes, a ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, advertia na emissora "France Info" sobre o conflito na saúde produzido por um acampamento urbano desse volume, um "risco para seus ocupantes em primeiro lugar".

Prevista há algumas semanas, a operação se desenvolveu em "condições humanas razoáveis", com "grande organização e muita humanidade", declarou à Agência Efe o vereador ecologista do distrito Pascal Julien, que supervisionou o desmantelamento desde a primeira hora da manhã.

"O problema é que estamos perante um gesto a curto prazo. Se enviarem estas pessoas a um alojamento provisório, depois de um tempo voltarão às ruas e haverá que fazer frente a um novo acampamento", acrescentou.

Na opinião de Julien, a cidade de Paris é vítima da "ausência de uma política estatal de imigração", uma situação "deplorável".

A maioria era formada por eritreus e sudaneses, embora também mauritanos, egípcios e tunisianos, os imigrantes viviam entre colchões, papelões e lonas em "terríveis condições de insalubridade", segundo relatou à Efe o diretor-geral da ONG France Terre d'Asile, Pierre Henry.

"O que está em andamento não é uma operação policial, mas humanitária", destacou Henry, que precisou que as pessoas evacuadas com um pedido de asilo em trâmite serão hospedadas em centros de amparo de longa duração, enquanto o resto ocupará "alojamentos de urgência".

Segundo dados da France Terre d'Asile, que se encarrega de assessorar os refugiados em suas demandas de asilo, até 103 moradores do campo desmantelado tramitaram seu pedido, um processo cuja resolução pode se alongar por dois anos e que deixa os litigantes a sua sorte. EFE

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Paris - Cerca de 400 refugiados foram desalojados pela polícia de Paris nesta terça-feira de um acampamento no qual residiam desde julho, uma vasta aglomeração de barracas na Praça da Chapelle, no centro-norte de Paris.

A operação, que começou às 5h local (0h, em Brasília) desta manhã, contou com um grande desdobramento policial e com a participação de várias organizações humanitárias que acompanharam as pessoas evacuadas até os oito ônibus habilitados para o despejo.

"O perigo iminente da propagação de uma epidemia de disenteria exigia uma atuação urgente", revelou um porta-voz policial em declarações aos meios de comunicação.

Horas antes, a ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, advertia na emissora "France Info" sobre o conflito na saúde produzido por um acampamento urbano desse volume, um "risco para seus ocupantes em primeiro lugar".

Prevista há algumas semanas, a operação se desenvolveu em "condições humanas razoáveis", com "grande organização e muita humanidade", declarou à Agência Efe o vereador ecologista do distrito Pascal Julien, que supervisionou o desmantelamento desde a primeira hora da manhã.

"O problema é que estamos perante um gesto a curto prazo. Se enviarem estas pessoas a um alojamento provisório, depois de um tempo voltarão às ruas e haverá que fazer frente a um novo acampamento", acrescentou.

Na opinião de Julien, a cidade de Paris é vítima da "ausência de uma política estatal de imigração", uma situação "deplorável".

A maioria era formada por eritreus e sudaneses, embora também mauritanos, egípcios e tunisianos, os imigrantes viviam entre colchões, papelões e lonas em "terríveis condições de insalubridade", segundo relatou à Efe o diretor-geral da ONG France Terre d'Asile, Pierre Henry.

"O que está em andamento não é uma operação policial, mas humanitária", destacou Henry, que precisou que as pessoas evacuadas com um pedido de asilo em trâmite serão hospedadas em centros de amparo de longa duração, enquanto o resto ocupará "alojamentos de urgência".

Segundo dados da France Terre d'Asile, que se encarrega de assessorar os refugiados em suas demandas de asilo, até 103 moradores do campo desmantelado tramitaram seu pedido, um processo cuja resolução pode se alongar por dois anos e que deixa os litigantes a sua sorte. EFE

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