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Worldcoin, projeto de Sam Altman, muda sistema de privacidade e deleta dados de usuários

Novo sistema para proteção de dados dos usuários foi criado após projeto enfrentar críticas e investigações em diversos países

Worldcoin enfrenta problemas com autoridades ao redor do mundo (Worldcoin/Divulgação)

Worldcoin enfrenta problemas com autoridades ao redor do mundo (Worldcoin/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 15 de maio de 2024 às 15h48.

Última atualização em 15 de maio de 2024 às 15h48.

O Worldcoin anunciou nesta quarta-feira, 15, o lançamento de um novo sistema de armazenamento de dados com foco em privacidade, escolhendo deletar todas as informações prévias que tinha sobre seus usuários. A iniciativa conta com Sam Altman, atual CEO da OpenAI, entre os seus líderes.

O projeto foi lançado no ano passado e envolve a criação de uma identidade digital global que busca diferenciar humanos de robôs e ajudar na autenticação na internet. Entretanto, ele foi alvo de críticas, investigações e até proibições em diversos países devido a preocupações com segurança de dados.

O motivo é que a criação da identidade digital do Worldcoin demanda o escaneamento da íris dos usuários, um tipo de dado biométrico que é considerado de alto risco por ser imutável. Desde a sua estreia, o Worldcoin destacava que os dados de íris eram imediatamente deletados após a coleta e substituídos por uma prova correspondente de que o escaneamento havia sido feito.

Mas a dinâmica não foi suficiente para evitar investigações de autoridades e preocupações de especialistas. No comunicado sobre a novidade, o projeto pontuou que "os dados de iris são únicos e devem ser manuseados com o máximo cuidado. Até recentemente, isso significava usar módulos de segurança de hardware, unidades e redes criptografadas, gerenciamento de identidade e acesso".

Agora, o Worldcoin lançou um modelo batizado de Computação Segura de Múltiplas Partes (SMPC, na sigla em inglês). Segundo o comunicado, o sistema primeiro criptografa os dados, substituindo-os por um conjunto de números. Esses números são, então, divididos e distribuídos para um conjunto de participantes do sistema.

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O comunicado explica que, separados, os números "são aleatórios e não significam nada", mas que, ao serem unidos, contêm os dados privados dos usuários. Com isso, é possível desenvolver projetos que demandem esses dados sem, necessariamente, saber exatamente qual é a informação que eles trazem.

"Depois de entrar em produção em março com os códigos de íris existentes criptografados em compartilhamentos secretos, o protocolo SMPC foi executado simultaneamente com o sistema anterior para verificar a confiabilidade. Em maio de 2024, o sistema antigo foi encerrado e excluído com segurança", afirmou o Worldcoin.

O anúncio pontua ainda que o novo sistema de privacidade faz parte de "uma série de medidas de melhorias de privacidade e de segurança, juntamente com maior escolha e controle do usuário" sobre os dados que ficam sob a responsabilidade da empresa. Atualmente, o Worldcoin é proibido em países como Portugal e Espanha.

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