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Temporada de altcoins à vista? Entenda se as criptomoedas alternativas ao bitcoin podem subir

Narrativas do bitcoin se concretizam em forte alta e o próximo grande movimento será das criptos alternativas: como se preparar para aproveitar as valorizações

Sol é uma das criptomoedas para ficar de olho em março (Reprodução/Reprodução)

Sol é uma das criptomoedas para ficar de olho em março (Reprodução/Reprodução)

FP
Felippe Percigo

Especialista em criptoativos

Publicado em 17 de novembro de 2024 às 11h00.

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O bitcoin valorizou mais de 30% só nos últimos dez dias. Um salto expressivo motivado pela ativação de todos os seus catalisadores neste ciclo de alta:

  • Halving: O evento de maio reduziu a emissão de novos bitcoins, tornando o ativo mais escasso.
  • Corte dos juros na economia americana: com os juros mais baixos, investidores tendem a buscar ativos de maior risco e retorno potencial, como os digitais.
  • Eleição de Donald Trump: A vitória de um candidato pró-cripto nos EUA gera otimismo no setor.
  • Entrada de institucionais com ETFs de bitcoin à vista: A adoção por grandes investidores impulsiona a valorização.

Nos últimos dias, o bitcoin praticamente “desenhou uma linha reta” dos US$ 67 mil para os US$ 90 mil, e acredito que o preço pode se estender aos US$ 120 mil ou até US$ 130 mil.

Com as narrativas do bitcoin efetivadas e sua forte alta, é hora de pipocarem as narrativas para o mercado cripto como um todo. O upside (potencial de valorização) do bitcoin será mais limitado a partir daqui, abrindo espaço para que os investidores voltem suas atenções às criptos alternativas - as altcoins - em busca de margens de lucro maiores.

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Ciclos de mercado

O mercado de cripto se movimenta em ciclos, seguindo padrões que ficam muito claros ao observarmos a linha do tempo. Ele alterna entre períodos de acumulação/expansão, alta, distribuição e baixa. Escrevi uma coluna sobre o assunto, que você pode conferir aqui.

A esta altura, muitos investidores perguntam: “O bitcoin está caro demais para entrar agora?”. A resposta depende do perfil e objetivo de cada investidor, mas é fato que o mercado está em expansão e já vemos outros ativos ganhando tração.

Ter consciência dos ciclos ajuda a tomar decisões mais acertadas sobre quando e como alocar recursos em altcoins. Em um momento de mercado positivo, diversificar uma parte do portfólio para altcoins pode oferecer retornos muito interessantes.

Mas como escolher altcoins para montar uma carteira lucrativa? Você pode começar seguindo esses quatro passos básicos:

1. Estudo e educação constante

Eu só comecei a ganhar dinheiro em cripto quando resolvi estudar de verdade. Antes disso, tive muito prejuízo fazendo apostas totalmente erradas. Aprendi que o conhecimento e a atualização constante são a única forma de ter sucesso nesse mercado.

Hoje, só não se informa quem não quer. Além dos cursos, que podem dar uma excelente bagagem, existe muito conteúdo gratuito e de boa qualidade no YouTube e outras redes, publicações especializadas, fóruns de debate, etc.. O seu trabalho será filtrar o que você absorve, porque também tem muito conteúdo parcial e tendencioso.

Familiarize-se com a tecnologia blockchain, as suas aplicações, entenda os casos de uso das altcoins, as soluções que trazem ao mercado, seu potencial de adoção e investigue se elas realmente podem ser relevantes no futuro do espaço cripto.

Estude a dinâmica do mercado a ponto de se tornar capaz de identificar as oportunidades e riscos envolvidos nas suas escolhas. As altcoins podem oferecer grandes oportunidades de valorização, mas, como ativos de maior volatilidade, também exigem que o investidor esteja preparado para o risco.

2. Diversificação da carteira

Estratégia importantíssima para manter o equilíbrio saudável do seu portfólio e aumentar suas chances de lucro. Além de bitcoin e ether, as duas criptomoedas de maior solidez, diversificar significa compor uma cesta de ativos que inclua também outras criptomoedas promissoras.

A diversificação permite uma exposição a diferentes segmentos da criptoesfera, como finanças descentralizadas (DeFi), RWA (Real World Assets), IA, oráculos e, com muita parcimônia, até mesmo memecoins.

Uma cesta variada de ativos ajuda a diluir os riscos, permitindo que o investidor capture ganhos em diferentes fontes.

Não se esqueça de estudar estratégias de realização de lucros. Este é um ponto em que muitos investidores falham e acabam não aproveitando realmente as valorizações.

3. O poder da comunidade

Um tempo atrás, eu me referia aos fundamentos como a grande chave de seleção de uma criptomoeda, mas o mercado evoluiu e outras variáveis se mostraram tão relevantes quanto.

Os fundamentos são, de fato, essenciais, mas nunca devemos negligenciar a força da comunidade. Hoje, ela é determinante para o sucesso de um projeto. Moedas com um grupo ativo de usuários e entusiastas tendem a ganhar mais visibilidade e atrair mais pessoas, formando um efeito de rede.

Exemplos muito contundentes disso são projetos como Dogecoin e Shiba Inu. Mesmo sem um fundamento tecnológico tão robusto quanto outras moedas, ambas as iniciativas mantêm uma base de seguidores leal e dedicada.

Ativos com comunidades fortes também tendem a resistir melhor aos períodos de baixa, pois seus usuários apoiam o projeto mesmo nos momentos difíceis.

Por outro lado, quando a comunidade perde o interesse em um determinado projeto, ele geralmente tem dificuldade em se recuperar.

Vejam só a Polygon, por exemplo. Um projeto com bons fundamentos que acabou enfraquecido após o interesse da comunidade migrar para outros protocolos, principalmente para outras Layer 2 — também chamadas de L2 ou blockchains de segunda camada.

Assim, ao considerar uma altcoin, observe o tamanho e o engajamento da comunidade, pois é essa energia coletiva que faz toda a diferença.

4. Fundamento e histórico do projeto

Como falei, os fundamentos seguem sendo imprescindíveis na hora de escolher uma criptomoeda para o seu portfólio.

Antes de comprar, você deve avaliar se o ativo tem um propósito claro, seja ele utilitário ou até mesmo especulativo. A especulação também pode ser considerada um propósito, desde que o investidor tenha consciência dos altos riscos envolvidos.

Para quem está pensando em “holdar” — ou seja, manter a moeda por um período mais longo — é mais seguro optar por projetos que já tenham histórico e fundamentação sólida.

Criptos que já passaram por ciclos anteriores têm maior resiliência e oferecem mais segurança para quem quer segurar suas posições.

Projetos que estão em fase inicial ou emergentes podem ter um potencial de upside elevado, mas também são mais arriscados, já que ainda precisam consolidar sua tecnologia e conquistar o mercado.

Algumas iniciativas que valem a nossa atenção nesse contexto incluem Ethena, Pendle, EtherFi, Ondo Finance e Jupiter — cada uma com características e perfis de risco distintos. Elas estão se destacando pela inovação e pelo potencial de crescimento, mas, ainda assim, são opções que podem enfrentar oscilações no mercado.

Quando o risco é maior, eu recomendo investir somente valores que você esteja disposto a perder.

Por fim, ao equilibrar esses quatro pratos (estudo, diversificação, comunidade e fundamentos), você estará um passo à frente de grande parte dos investidores, que acabam caindo no mercado movidos pela ganância e se apoiam no improviso. A questão é que o mercado não favorece apostadores nem impacientes. Não adianta pular etapas.

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