Startup une créditos de carbono com blockchain para incentivar negociação e preservação ambiental
Bluebell busca conectar produtores e compradores de compensação ambiental, nos chamados créditos de carbono
João Pedro Malar
Publicado em 24 de outubro de 2022 às 16h45.
Última atualização em 18 de janeiro de 2023 às 10h23.
A startup Bluebell iniciou suas operações em 2022 com o objetivo de incentivar o uso de tokens ligados a créditos de carbono para aumentar a negociação desses ativos e a preservação ambiental ligada a eles, unindo o tema à tecnologia blockchain.
A ideia da empresa é conectar produtores e compradores de compensação ambiental, nos chamados créditos de carbono. Para isso, foi desenvolvido um token, o bluebell, que é gerado a cada tonelada de carbono que deixou de circular na atmosfera. Ele pode, então, ser comprado por empresas interessadas em compensar emissões.
"Para esse modelo é necessário o uso do blockchain, que permite o rastreio do processo, diferente dos projetos de geração de crédito de carbono que não têm histórico de dados", explica Phelipe Spielmann, fundador e CEO da Bluebell.
A partir do token, a Bluebell planeja criar "safras ambientais", um conjunto de novas fontes de renda para propriedades rurais com a valoração dos ativos ambientais específicos preservados por elas, levando em conta características como solo, hidrologia e biodiversidade de cada localização.
Em comunicado, a startup se comprometeu a destinar 2% de todos os recursos gerados na operação para a comunidade local da propriedade certificada com o token. A ideia é que esses ativos sejam totalmente rastreados pela rede blockchain, dando mais "segurança e transparência".
O desenvolvimento dos critérios de certificação do token conta com um conselho que inclui nomes como o da ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, a conselheiro de empresas como CCR, Metalúrgica Gerdau e BNDES Eliane Lustosa e o advogado responsável pela criação da Bolsa Floresta da Amazônia, Ludovino Lopes.
Além disso, as certificações recebem a anuência de outras certificadores internacionais e nacionais, como a Verra, a Gold Standard e a Bureau Veritas.
Com três de operação, a Bluebell fechou cerca de US$ 40 milhões de faturamento previstos para o seu primeiro ano, atendendo clientes como a Eisa, um dos principais comercializadores de café e algodão do Brasil.
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