Startup capta US$ 5 milhões para se tornar ‘a BlackRock’ da Web3, a nova fase da internet
Rodada semente foi liderada por Digital Currency Group e Upload Ventures, fundo de Venture Capital que já foi um “spin-off” da estratégia inicial do SoftBank
Mariana Maria Silva
Publicado em 11 de outubro de 2022 às 12h16.
Última atualização em 11 de outubro de 2022 às 17h21.
Nesta semana, uma rodada de investimento inicial pode ajudar uma startup a se tornar a “BlackRock da Web3”. Liderada pelo Digital Currency Group e Upload Ventures, antigo braço em estágio inicial do Softbank na América Latina, a rodada semente foi responsável por captar US$ 5 milhões para a Arch, gestora de criptoativos focada em finanças descentralizadas (DeFi).
"Estamos empolgados em apoiar o Arch para trazer índices Web3 de nível institucional para o mercado. Os índices on-chain do Arch preenchem uma lacuna clara do mercado e permitem que qualquer pessoa tenha acesso a fatores criptográficos de maneira descentralizada." comenta Tim Khoury, investidor do Digital Currency Group, em um comunicado.
A proposta da Arch é facilitar a exposição de investidores passivos para as criptomoedas e outros tipos de ativos digitais. Em sua plataforma, investidores podem comprar cestas de criptoativos por meio de um único token.
Dessa forma, o investimento é gerenciado pela Arch em uma série de ativos de forma facilitada, similar aos fundos de índice (ETFs) já disponíveis no mercado, como HASH11 e QBTC11.
“A Arch ajuda os investidores a construir e desenvolver portfólios de criptomoedas bem diversificados. Criamos produtos de índice gerenciados passivamente, semelhantes aos ETFs nas finanças tradicionais, usando a tecnologia blockchain. Isso permite que nossos usuários "comprem no mercado" em vez de arriscar todos os seus ‘ovos em uma cesta’”, explicou Christopher Storaker, CEO da Arch, em entrevista à EXAME.
Soma Capital, GBV, Techstars, Devlabs, Ripio Ventures e Platanus Ventures e investidores-anjo também participaram da rodada de investimentos da Arch.
Os recursos captados serão usados para continuar o desenvolvimento da plataforma, lançar novos produtos de investimento e aumentar a base de clientes, segundo Storaker.
Os usuários da Arch interagem com contratos inteligentes para comprar tokens que rastreiam índices construídos pela Arch Intelligence, o braço de pesquisa da empresa. A Arch Intelligence aproveita seu padrão de classificação de token Arch (ATCS) proprietário, pioneiro no setor, rastreando mais de mil tokens classificados.
Os dois primeiros tokens de índice da plataforma são Arch Blockchains (CHAIN), que rastreia os tokens nativos das maiores blockchains do mundo, e Arch Ethereum Web3 (WEB3), que rastreia tokens nativos dos principais protocolos, como Chainlink e Uniswap. Os usuários também podem cunhar portfólios prontos para se adequar ao seu estilo de investimento e apetite de risco, do conservador ao agressivo.
Segundo o CEO da plataforma, o investimento liderado pelo Upload é importante no longo prazo. À EXAME, Storaker elencou três motivos:
• Foco de longo prazo: capacidade de nos apoiar com capital à medida que escalamos
• Expertise: alavancar a vasta experiência prática em fintech, comercialização e crescimento que seu investimento, equipe operacional e consultores têm
• Rede: o fundo é excepcionalmente bem conectado ao ecossistema de fintechs da América Latina, principalmente no Brasil, o que nos fornece acesso incomparável à medida que desenvolvemos novos mercados para Arch.
O Upload Ventures, fundo de venture capital latino-americano criado este ano, enxergou na Arch uma oportunidade de transformar o mercado cripto através da acessibilidade do investimento. Espera-se que a plataforma possa crescer para se tornar uma das maiores gestoras do setor.
“A ideia é que a Arch seja a BlackRock da Web3”, afirmou Norberto Giangrande, sócio do Upload, em entrevista à EXAME. Conhecida como a nova fase da internet, a Web3 engloba a tecnologia blockchain, criptomoedas e NFTs.
“Nossa expectativa com a Arch é que ela consiga, de fato, construir esse back-end robusto para que os investidores tenham uma exposição segura - e esse é um ponto muito importante versus outras soluções de classes de ativos que não conseguem isso por meio de outras plataformas de Web2 e finanças centralizadas”, acrescentou Giangrande, mencionando a fase atual da internet como "Web2".
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