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Real Digital pode impulsionar economia do Brasil, diz presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto afirmou que a criação de uma CBDC colocará o país na vanguarda da digitalização financeira

Presidente do Banco Central defendeu adoção do Real Digital (Blackdovfx/Getty Images)

Presidente do Banco Central defendeu adoção do Real Digital (Blackdovfx/Getty Images)

Publicado em 17 de fevereiro de 2023 às 10h50.

O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto afirmou, durante evendo do BTG Pactual, que a criação do Real Digital, uma moeda digital do banco central (CBDC, na sigla em inglês), colocará o Brasil na vanguarda da digitalização da intermediação financeira. Ele destacou que a iniciativa trará mais eficiência e segurança ao sistema financeiro do país.

Ainda segundo ele, com os primeiros testes e emissões do Real Digital já no primeiro semestre do ano, a CBDC tem o potencial de democratizar o acesso aos serviços financeiros, especialmente para aqueles que estão fora do sistema bancário tradicional.

Além disso, ele acredita que a a implementação da moeda digital pode reduzir custos e aumentar a velocidade das transações financeiras, o que pode impulsionar a economia brasileira. No entanto, o presidente do Banco Central alertou que a adoção do Real Digital exigirá um processo cuidadoso e gradual, para garantir a estabilidade do sistema financeiro e a proteção dos usuários.

Ele acrescentou que o Banco Central está trabalhando em uma estreita colaboração com outras autoridades regulatórias do Brasil e o setor privado para garantir uma implementação segura e eficaz da moeda digital. A previsão é que o processo termine em 2024.

Real Digital

Roberto Campos Neto destacou também que o projeto piloto do Real Digital está sendo realizado em parceria com várias instituições financeiras do país, por meio do LIFT Labs. Segundo o presidente do Banco Central, a autarquia está trabalhando em estreita colaboração com essas instituições para garantir que o projeto seja implementado com segurança e eficácia.

Durante a fase piloto, o Real Digital será testado em diferentes cenários e situações, a fim de avaliar sua viabilidade e identificar possíveis problemas. Campos Neto enfatizou que esta fase será uma oportunidade para o Banco Central e suas instituições parceiras aprenderem mais sobre a moeda digital e como ela pode ser implementada da melhor forma possível.

Embora a implementação da CBDC seja vista como um passo importante para a digitalização da intermediação financeira no Brasil, a adoção da moeda digital ainda enfrenta desafios significativos. Uma das principais preocupações é a segurança cibernética, uma vez que ela pode ser vulnerável a ataques de hackers e outros tipos de ameaças virtuais.

Pouco antes de sua participação no evento do BTG, Campos Neto participou do programa Roda Viva, na TV Cultura, na qual também declarou que o Real Digital é uma prioridade do Banco Central e que ele irá preparar o país para uma nova era de economia digital com contratos inteligentes.

“Eu gostaria de conectar, no mundo digital a gente tinha três grandes blocos, gostaria de conectar os blocos, que é o Pix, com Open Finance, com a moeda digital. A gente já tem o piloto da moeda digital, que vai começar a rodar em breve. Eu acho que essas três coisas podem mudar a história da intermediação financeira no Brasil, transformando nosso sistema em uma coisa eficiente e hoje no mundo não tem ninguém tão avançado”, declarou.

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