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Empresas de criptomoedas somam R$ 450 bilhões em investimentos desde 2017

Novo recorde foi atingido em fevereiro de 2024, após mais de 50 novos projetos concluírem rodadas de captação de capital de risco

Mercado de criptomoedas recuperou atratividade para investidores (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 16h00.

As empresas do mercado de criptomoedas totalizaram em fevereiro mais de US$ 90 bilhões (R$ 450 bilhões, na cotação atual) em investimentos de capital de risco desde 2017. Os dados foram reunidos pela The Block Research e apontam que as rodadas de captação voltaram a crescer nos últimos meses após um período de baixa em 2022.

Os dados reunidos pela empresa apontam que, apenas em fevereiro, mais de 50 rodadas de financiamento foram concluídas, ajudando a chegar à nova marca de investimentos. As empresas Animoca Brands e Polychain Capital estão entre os principais investidores nos acordos deste mês.

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Para John Dantoni, diretor do The Block Research, "ao observar o estado atual do capital de risco para financiamento no setor de blockchain e cripto, é evidente que, embora não tenhamos visto um aumento substancial nos números de financiamento, há sinais encorajadores".

No acumulado de 2024, cerca de 230 acordos de financiamento já foram firmados, totalizando quase US$ 1,3 bilhão em financiamento para empresas do setor. O capital tem se concentrado principalmente em projetos de infraestrutura, Web3 , DeFi e em jogos e NFTs .

"O aumento da atividade de negócios nos últimos meses, particularmente perceptível em investimentos Pré-Seed/Seed e o comportamento de risco exibido pelos VCs asiáticos, juntamente com o crescente interesse em DeFi e DePIN, pinta um quadro de investidores que se posicionam estrategicamente para o que pode ser o início de um novo ciclo para ativos digitais", considera Dantoni.

Os dados reunidos pelo The Block Research apontam ainda que, desde 2017, mais de 9,5 mil operações de investimentos foram realizadas no setor de criptomoedas. Em geral, o número de operações se manteve estável entre 2017 e 2020, mas teve uma forte queda entre 2021 e 2022.

O período coincide com o forte mercado de baixa enfrentado pelo setor, com uma desvalorização considerável dos ativos e a falência de projetos relevantes no mercado, afetando iniciativas menores e também afastando potenciais investidores para as demais iniciativas.

Em geral, os investimentos recebidos por empresas do mundo cripto fazem parte do chamado capital de risco, ou venture capital. A modalidade é conhecida por envolver aportes em projetos em estágio inicial e que lidam com tecnologias emergentes - caso das criptomoedas e do blockchain -, por isso tendo um risco maior mas um potencial de grandes retornos.

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