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Opinião: dados pessoais são armas perigosas nas mãos de criminosos

No Dia Internacional da Proteção de Dados, entenda a importância da proteção dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, por meio da proteção de dados pessoais

Dia Internacional da Proteção de Dados é celebrado em 28 de janeiro (Getty Images/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2023 às 10h00.

Por Lilian Lima*

Vivenciamos um momento em que os dados pessoais se tornaram armas perigosas se deixados nas mãos de criminosos. Não é de hoje que sabemos a importância de manter um rígido sistema de segurança da informação nas companhias, principalmente naquelas que gerenciam dados de clientes finais.

Se antes já era fundamental, há dois anos isso se tornou obrigatório, devido às regulamentações brasileiras — a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais ( LGPD ), que entrou em vigor em 2021.

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Com o avanço da tecnologia e a democratização dos acessos a internet, é cada vez mais comum os golpes cibernéticos, oportunizados por invasões de hackers causadas por brechas na área de segurança. Quantas pessoas já foram afetadas?

Há uma estimativa de que mais de 280 mil pessoas tiveram seus dados expostos na rede no primeiro semestre de 2022. Aposto que você já deve ter recebido uma mensagem no seu celular enviada por um amigo ou familiar solicitando dinheiro para resolver algum tipo de problema. Esse é um dos golpes mais frequentes e, infelizmente, muitas pessoas já acreditaram e atenderam ao pedido dos criminosos.

Ainda há outro tipo de problema, que é a clonagem de cartões de crédito. Ao realizar uma compra em um site de preferência, há a possibilidade de deixar registrados os dados pessoais para uma próxima vez. De fato, isso facilita a vida daqueles consumidores que compram frequentemente naquela loja.

O problema disso é que, se o site não tiver uma estrutura de criptografia para se proteger contra ataques, as informações podem vazar. O número do cartão de crédito, bem como o código de segurança, são clonados, e os criminosos podem fazer compras em qualquer estabelecimento, causando danos irreparáveis ao cliente ou à operadora bancária.

São diversos casos que podem ocorrer por irresponsabilidade de empresas e órgãos que deixam seus sistemas vulneráveis à invasão de hackers. No campo público, prefeituras, governos e até mesmo órgãos federais já foram invadidos.

Em um caso recente, uma cidade brasileira foi afetada, e os criminosos emitiram um comunicado alertando os servidores públicos e a população de que a infraestrutura de cibersegurança municipal estava suscetível a ataques, o que seria um enorme problema caso eles tivessem usado os dados para outros fins.

No início do ano, uma rede social também foi afetada por cibercriminosos: dados de 200 milhões de pessoas, como e-mail, nomes reais e usernames, foram expostos.

O Dia Internacional da Proteção de Dados Pessoais, celebrado neste 28 de janeiro, se tornou uma data para conscientizar tanto as instituições como as pessoas no geral sobre os riscos que o mau gerenciamento das informações pode ocasionar.

É um lembrete anual para não nos esquecermos de investir em softwares e estratégias internas que aprimorem o manuseio de dados dentro das companhias. Existem hoje consultorias que são responsáveis por elaborar relatórios que medem as potenciais brechas e vulnerabilidades no sistema.

Acioná-las é uma decisão que pode dar respaldo às ações da área de segurança de dados, como alcançar um padrão de qualidade reconhecido internacionalmente.

*Lilian Lima é Chief Technology Officer da Zenvia, plataforma de experiência do cliente.

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