Maior gestora do mundo, BlackRock vai usar Coinbase para oferecer bitcoin a clientes; ações disparam
Com mais de US$ 10 trilhões em ativos, BlackRock põe fim a rumores e anunciar oferta de serviços com bitcoin, que serão possíveis após parceria com a Coinbase
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2022 às 11h46.
Maior gestora do mundo, com mais de 10 trilhões de dólares em ativos, a BlackRock vai começar a oferecer negociação e custódia de bitcoin para clientes institucionais em parceria com a corretora cripto Coinbase. Após a divulgação do acordo entre as empresas, as ações da exchange dispararam e são negociadas em alta de quase 20%.
Para atender às demandas da BlackRock, a Coinbase vai promover melhorias em sua plataforma de corretagem institucional, chamada Coinbase Prime, para permitir que a plataforma Alladin, da BlackRock, possa gerenciar os investimentos em cripto de ponta a ponta e tenha acesso direto à negociação e custódia de bitcoin.
“Nossos clientes institucionais estão cada vez mais interessados em ganhar exposição aos mercados de ativos digitais e estão focados em como gerenciar com eficiência o ciclo de vida operacional desses ativos”, disse Joseph Chalom, chefe global de parcerias estratégicas da BlackRock, em comunicado divulgado pela Coinbase.
“Essa conectividade com o Aladdin permitirá que os clientes gerenciem suas exposições em bitcoin diretamente em seus fluxos atuais de gerenciamento e negociação de portfólio, para uma visão completa do risco em todas as classes de ativos”, acrescentou Chalom.
A notícia da oferta de serviços de negociação de bitcoin pela BlackRock não é exatamente nova - em fevereiro, rumores e indícios da empresa já indicavam que a oferta de serviços com bitcoin deveria começar a acontecer em breve. No entanto, a parceria com a Coinbase, atualmente a terceira maior corretora cripto do mundo, de certa forma surpreende o mercado, já que a expectativa era de uma plataforma exclusiva da gestora.
Depois de um péssimo primeiro semestre em 2022, quando a Coinbase viu o preço das suas ações "derreter", impulsionado pela queda do mercado cripto, escândalos envolvendo ex-funcionários, demissão de uma parte considerável de sua equipe e outros problemas, a corretora dá sinais de recuperação.
Nos últimos cinco dias, os papeis da única exchange cripto listada em bolsa nos EUA acumulam alta de 63%. Atualmente cotada a US$ 95,50, as ações atingiram US$ 109 na máxima do dia, logo após a divulgação da parceria com a BlackRock. Apesar da alta recente, em 2022 as ações COIN ainda mantêm queda de 60% desde o início do ano.
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