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Luna 2.0: tudo sobre o relançamento da criptomoeda que despencou 99,9%

Do Kwon e os desenvolvedores da rede Terra ainda não desistiram da criptomoeda após seu colapso, e pretendem “ressurgir das cinzas”

Criptomoeda LUNA despencou mais de 99,9% (EXAME/Exame)
MM

Mariana Maria Silva

Publicado em 27 de maio de 2022 às 15h40.

Há exatos 16 dias a rede Terra colapsava, junto com suas criptomoedas UST e LUNA. Após ter conquistado posições de destaque entre as maiores criptomoedas do mundo, o projeto se demonstrou insustentável, gerando perdas irreversíveis e prejuízo aos investidores.

No entanto, a palavra “irreversível” não parece estar no dicionário de Do Kwon, o criador da rede, que luta para recuperar o ecossistema Terra e promete o ressarcimento do dinheiro perdido. Sua proposta para isso foi a criação de uma nova rede Terra, que contará apenas com a criptomoeda LUNA e não mais a UST, que tinha o objetivo de manter seu valor atrelado ao dólar norte-americano.

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“Como uma comunidade unida, nós vamos nos levantar das cinzas. Amanhã, um dos blockchains mais descentralizados e feito para a comunidade será lançado como resultado desses esforços”, escreveu a Terraform Labs no Twitter.

A proposta, aprovada na última quinta-feira, 26, deveria ser colocada em prática já nesta sexta-feira, 27. Porém horas antes, a equipe de desenvolvedores da Terraform Labs foi às redes sociais informar o seu adiamento.

-(Mynt/Divulgação)

Agora, a nova rede Terra, conhecida como “Terra 2.0” deve entrar em funcionamento na madrugada do próximo sábado, 28. No fuso horário brasileiro, o primeiro bloco da rede será criado às 3 horas da manhã. Com o atraso, a intenção dos desenvolvedores é melhorar a experiência do usuário.

Diferentemente do que muitos estavam pensando, a proposta não se trata de uma bifurcação na rede Terra original, como já ocorreu com outros blockchains famosos, como a Ethereum. Na verdade, uma rede completamente nova será criada, enquanto a antiga será nomeada de Terra Classic.

Algumas das maiores corretoras de criptomoedas do mundo já se preparam para apoiar o ecossistema Terra 2.0. São elas: Binance, FTX, Bitfinex, Crypto.com, Bybit, entre outras. No Brasil, Coinext e Mercado Bitcoin preferiram ficar de fora do lançamento.

“Sobre o Protocolo Terra Luna, mesmo após a aprovação de uma nova rede, o Mercado Bitcoin optou por não oferecer o suporte para o ativo”, afirmou a Mercado Bitcoin em um comunicado.

Para recompensar o prejuízo dos investidores de LUNA e UST, os desenvolvedores compilarão dados históricos do blockchain sobre as carteiras que tinham os tokens antes do colapso. Todas elas receberão a nova criptomoeda LUNA de graça no próximo sábado.

A expectativa geral de especialistas e investidores para a nova criptomoeda não é das melhores. Por isso, para impedir uma grande pressão vendedora da nova versão da LUNA após o lançamento, haverá um período em que os tokens ficarão bloqueados, que pode variar de acordo com fatores pré-determinados. Todos os detalhes sobre a distribuição podem ser vistos na página da proposta #1623.

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