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Jovens ricos perdem confiança em ações e avançam sobre mercado de criptomoedas, diz Bank of America

Indivíduos de 21 a 42 anos com pelo menos US$ 3 milhões em ativos não acreditam mais que um portfólio tradicional de ações irá entregar retornos acima da média e preferem criptos, informa pesquisa do Bank of America

Jovens ricos alocam 15% do patrimônio em criptomoedas (LightFieldStudios/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2022 às 16h13.

Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 17h13.

Jovens ricos das gerações Z e millennial fazem sucesso em redes sociais como o TikTok exibindo seu patrimônio. Mas quando o assunto é a forma como multiplicam seu dinheiro através de investimentos, eles perdem cada vez mais a confiança no mercado tradicional de ações, recorrendo aos criptoativos como principal veículo de geração de riqueza.

De acordo com uma pesquisa do Bank of America, indivíduos de 21 a 42 anos com pelo menos US$ 3 milhões em ativos têm apenas um quarto de sua carteira em ações. Os mais velhos, por outro lado, possuem mais da metade investida em papéis de empresas listadas em bolsa.

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Ainda que o investimento em ações seja a opção mais recomendada tradicionalmente por gestores de patrimônio, a crença de que a classe de ativos irá entregar retornos acima da média está se perdendo entre os jovens ricos.

-(Mynt/Divulgação)

Parte disso se dá por conta do mau momento vivenciado pelas ações e ativos de risco em geral frente à inflação recorde em todo o mundo. Em 2022, o S&P 500, índice que conta com as 500 maiores empresas listadas em bolsa dos EUA, despencou mais de 23%. O Nasdaq Composite, quase 33% no mesmo período, de acordo com dados do Yahoo Finance.

A hiperinflação nos Estados Unidos, que bate recordes dos últimos 40 anos, fez com que o banco central do país aumentasse a taxa de juro diversas vezes ao longo do ano. Medidas como esta tornam os ativos de risco menos atraentes ao investidor.

Em meio a este cenário de incerteza econômica, a confiança dos jovens com patrimônio acima de US$ 3 milhões na renda variável estaria se perdendo, de acordo com o Bank of America.

A pesquisa do banco americano entrevistou 1.052 pessoas com capacidade de investimento de mais de US$ 3 milhões.

O resultado foi que os mais jovens alocaram 15% de seu portfólio em criptomoedas. Os mais velhos, por outro lado, alocaram apenas 2%.

O resultado demonstra a crença dos mais jovens nas novas tecnologias propostas pela Web 3.0, nova fase da internet que propõe a conexão entre a web e as criptomoedas, blockchain e NFTs.

No entanto, o setor também se apresenta como uma classe de ativos de risco, e assim como as ações, tem sofrido de quedas significativas em meio ao cenário econômico mundial. O bitcoin, principal criptomoeda, opera em queda de aproximadamente 60% em 2022.

No entanto, o ativo ainda se apresenta como uma boa opção de investimento no longo prazo, superando a maioria dos principais investimentos nos últimos cinco anos, de acordo com dados da MicroStrategy.

Além das criptomoedas, o investimento em imóveis e private equity também tem chamado a atenção dos jovens, segundo a pesquisa do Bank of America. O investimento em private equity pode ser interpretado como o contrário do que é feito no mercado de ações, já que é realizado diretamente em empresas que não possuem capital aberto.

Levando em consideração a transferência de patrimônio para herdeiros, é provável que estas classes de ativos conquistem cada vez mais aportes. Segundo uma pesquisa da Cerulli Associates, os mais velhos podem transferir cerca de US$ 84 trilhões de seu patrimônio para as gerações mais novas entre 2022 e 2045.

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