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Goldman Sachs diz que bitcoin pode superar o ouro e chegar a US$ 100.000

Relatório do banco diz que continuidade do aumento da demanda pela criptomoeda pode fazer bitcoin ocupar espaço do ouro e buscar novos recordes de preço

Queda no interesse pelo ouro e aumento da demanda pelo bitcoin podem levar criptomoeda a novos recordes de preço (Niphon Subsri / EyeEm/Getty Images)
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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 14h20.

O banco Goldman Sachs publicou relatório otimista sobre o bitcoin e o mercado cripto no início desta semana. Segundo a instituição, além de superar a performance de todo o mercado de capitais em 2021, a maior criptomoeda do mundo está no caminho para chegar ao preço de 100 mil dólares - mais do que o dobro de sua cotação atual.

De acordo com as estimativas do Goldman Sachs, a capitalização de mercado ajustada do bitcoin é de 700 bilhões de dólares, o que, ainda segundo o banco, representa apenas 20% do mercado de reservas de valor, que inclui o ativo digital e o ouro. Segundo cálculo da instituição financeira, 2,6 trilhões de dólares em ouro estão disponíveis para investimentos.

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Com base nesse cálculo, o relatório do Goldman Sachs diz que, na hipótese do interesse pelo bitcoin seguir aumentando e a capitalização de mercado da criptomoeda chegar a 50% do mercado de reserva de valor, o seu preço irá superar os 100 mil dólares. A observação é assinada por Zach Pandlr, codiretor do Forex no Goldman Sachs.

Especialistas da Bloomberg e de outras empresas, de bancos e de casas de análise também já fizeram previsões de preço parecidas para o bitcoin. Para que isso se concretize, entretanto, é necessário que a demanda pelo ativo digital continue crescendo, algo que o relatório do Goldman Sachs diz ter boas chances de acontecer "independentemente das preocupações relacionadas ao impacto ambiental da criptomoeda, que pode frear a adoção institucional".

Performance superior ao mercado de capitais

O relatório do Goldman Sachs também diz que o bitcoin teve melhor performance em 2021 por mais um ano - como já havia acontecido em 2020. A criptomoeda rendeu 60% ao longo do ano, deixando o petróleo cru em segundo lugar, com 55% de valorização. O índice S&P 500 teve alta de 29%, e o top 5 da lista é completado pelos índices Russell 1000 Growth e Nasdaq, que subiram 28%.

O ouro, por sua vez, parece estar perdendo um pouco do seu brilho. A valorização ao longo de 2021 foi de apenas 4%, reforçando o discurso de que o metal precioso está perdendo espaço como principal reserva de valor do mundo, e boa parte deste espaço está sendo preenchido pelo bitcoin. Não por acaso, diversas pesquisas apontam o maior interesse de novas gerações pela criptomoeda em detrimento do ouro.

No Brasil, o bitcoin também teve performance superior à dos principais índices, moedas e investimentos do mercado de capitais. No entanto, especialistas citam que a relação risco-retorno da criptomoeda é mais baixa, por exemplo, do que do índice S&P 500, e que ações de algumas empresas, como a Apple, superaram o bitcoin em 2021, com uma volatilidade muito menor.

No momento, o bitcoin é negociado a cerca de 46 mil dólares, com queda de 1% em 24 horas e de 5,75% nos últimos 30 dias. O preço da maior criptomoeda do mundo tem "andado de lado" desde que despencou de mais de 57 mil dólares para a faixa atual de preços, no início de dezembro.

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