Fundos de criptomoedas atraem R$ 39 milhões no Brasil em semana de cautela no mercado
Investidores ainda operam com aversão a riscos no mercado, influenciados pelas incertezas no ambiente macroeconômico global
Agência de notícias
Publicado em 20 de agosto de 2024 às 10h11.
Os aportes do Brasil em fundos de investimentos em criptomoedas totalizaram US$ 7,2 milhões, cerca de R$ 39 milhões, no acumulado semanal da última sexta-feira, 16, quando os depósitos líquidos globais em produtos de investimento desse segmento totalizaram US$ 30 milhões, segundo dados divulgados pela CoinShares.
Na avaliação da gestora de criptomoedas, a expectativa de parte dos investidores sobre o início dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro pode ter ajudado a diluir o sentimento de pânico causado nos últimos dias pela divulgação de indicadores que sugeriam uma possível recessão nos EUA.
No entanto, a diminuição do arrocho do Fed parecia não estimular a maior parte dos investidores e o volume de negociações de fundos cripto registrou um recuo semanal de aproximadamente 50%, a US$ 7,6 bilhões segundo a CoinShares.
Os aportes brasileiros responderam pelo terceiro maior volume global em termos de entradas líquidas. Nesse caso, EUA, Canadá e Suécia registraram respectivos saldos de US$ 62 milhões, US$ 9,2 milhões e US$ 2,2 milhões. Em direção oposta, Suíça, Hong Kong e Alemanha responderam por respectivas saídas líquidas de US$ 29,7 milhões, US$ 14,3 milhões e US$ 6,1 milhões.
O total de ativos sob gestão (AuM, na sigla em inglês) voltou a recuar, para US$ 83,76 bilhões. O que incluiu a redução das participações do Brasil, na sexta colocação com US$ 857 milhões depositados.
Nesse caso, Estados Unidos, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia responderam por US$ 63,46 bilhões, US$ 4,42 bilhões, US$ 4,14 bilhões e US$ 2,71 bilhões, respectivamente.
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Por criptoativo, os principais volumes de aportes foram do bitcoin , ether e cestas multiativos, com respectivos montantes de US$ 42 milhões, US$ 4,2 milhões e US$ 21 milhões. Em direção contrária, os fundos baseados em Solana tiveram US$ 38,9 milhões em saques líquidos.
Já na divisão entre as gestoras de ativos, os principais fluxos positivos foram dos ETFs de bitcoin das gestoras BlackRock, Fidelity e Ark Invest, todos nos Estados Unidos, com respectivos aportes de US$ 147 milhões, US$ 82 milhões e US$ 36 milhões, enquanto outros fundos atraíram US$ 108 milhões.
Em direção contrária, a Grayscale e o ETF da 21Shares responderam por respectivos saques líquidos de US$ 311 milhões e US$ 48 milhões.
Na semana anterior, os investidores nacionais compraram a queda do bitcoin e aportaram R$ 110 milhões em fundos de criptomoedas , conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.