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Fundador da Ripple revela roubo de R$ 560 milhões em XRP após invasão de carteiras

Chris Larsen explicou que uma das suas carteiras pessoais foi invadida, resultando no desvio das unidades da criptomoeda

XRP é uma das maiores criptomoedas do mercado (Ulrich Baumgarten/Getty Images)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 12h14.

Última atualização em 31 de janeiro de 2024 às 15h20.

Chris Larsen, um dos fundadores e presidente executivo do conselho da Ripple, confirmou nesta quarta-feira, 31, que teve algumas das suas carteiras pessoais invadidas. A ação teria ocorrido na última terça-feira, 30, e envolveu o roubo de cerca de US$ 112,5 milhões (R$ 560 milhões, na cotação atual) em unidades de XRP, a criptomoeda criada pela empresa.

Larsen falou sobre o ataque em uma publicação no X, antigo Twitter. O post foi feito após um usuário da rede, com o nome ZachXBT, compartilhar um registro de movimentações que indicava que uma carteira da Ripple teria sido invadida, com fundos sendo desviados para diversas carteiras e corretoras.

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Em seguida, o executivo da Ripple informou que a invasão ocorreu em uma carteira pessoal sua, e não da companhia. "Conseguimos detectar rapidamente o problema e notificar as exchanges para congelar os endereços afetados. As autoridades já foram envolvidas no caso", afirmou Larsen.

Nas respostas à publicação de Larsen, alguns usuários questionaram se o executivo já planejava notificar o público sobre a invasão ou se ele apenas revelou o ataque após a primeira publicação na rede social. O executivo da Ripple não fazia posts na rede social desde outubro de 2023.

A Ripple é uma empresa com atuação global que desenvolve soluções para pagamentos internacionais por meio da tecnologia blockchain . O projeto mais conhecido da empresa é o XRP, atualmente a sexta maior criptomoeda do mercado e um dos ativos mais conhecidos no setor.

Dados da plataforma CoinGecko apontam que o XRP acumula uma queda de 3,8% nas últimas 24 horas. Entretanto, na última hora - quando Larsen esclareceu a situação - o ativo voltou a subir e acumula uma valorização de 1,1%, mas ainda insuficiente para operar no azul no acumulado do dia.

João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, avalia que o congelamento das atividades financeiras dos endereços que receberam as criptomoedas roubadas ajudará a mitigar pressões vendedoras que poderiam derrubar o preço do XRP. "Resta saber como o mercado irá digerir o impacto desse hack, principalmente tratando-se da reputação da segurança da Ripple", ressalta.

A EXAME entrou em contato com a Ripple e a empresa disse que não compartilhará mais informações sobre o caso além do post de Larsen. Em outra publicação no X, o executivo classificou a invasão como um "caso isolado" e reafirmou que todas as carteiras da companhia estão seguras. Também na rede social, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, disse que "dadas as especulações e relatórios irresponsáveis, quero reiterar que nenhuma carteira gerenciada pelo Ripple foi comprometida".

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