Fidelity destacou evolução do bitcoin (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 2 de maio de 2024 às 16h22.
Última atualização em 2 de maio de 2024 às 17h05.
A gestora Fidelity divulgou um relatório na última quarta-feira, 1º, em que destaca uma redução da volatilidade do preço do bitcoin para o menor nível já registrado. Analistas apontam que o movimento ocorre em meio a um crescimento da maturidade da maior criptomoeda do mercado.
Na visão dos analistas, "novos ativos normalmente levam tempo para realizarem uma descoberta de preços e maturação para depois se estabelecerem em uma menor volatilidade". Entretanto, esse fenômeno estaria ocorrendo agora com a criptomoeda, e a tendência é de continuidade.
A Fidelity destacou que diversos ativos já apresentaram um cenário semelhante, incluindo o próprio ouro, que teve alta volatilidade de preço após o fim do "padrão ouro" pelos Estados Unidos na década de 1970. E, considerando a evolução nos últimos 15 anos, a volatilidade do bitcoin tem caído.
"Há uma clara tendência de queda na volatilidade do bitcoin ao longo de sua vida útil e acreditamos que essa tendência continuará à medida que o bitcoin continuar a amadurecer ao longo do tempo", defendem os analistas no relatório.
Um levantamento da Fidelity aponta que, atualmente, a criptomoeda apresenta menos volatilidade que 33 das 500 companhias que compõem o índice S&P 500. Dependendo da métrica avaliada e da faixa temporal, esse número chegaria ainda a 92 companhias, tendo como base o comportamento em outubro de 2023.
Um exemplo citado pelos analistas é o da ação do gigante de streaming Netflix. A Fidelity destaca que o bitcoin apresentou menos volatilidades nos últimos dois anos do que os papéis da empresa. Além disso, a volatilidade da criptomoeda "não está muito aquém da observada nas sete magníficas", o grupo de ações com alta performance na bolsa.
Ao mesmo tempo, a expectativa da gestora é que a criptomoeda ainda enfrente períodos de volatilidade maior devido ao surgimento de novos fluxos de capital com a aprovação dos fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) de preço à vista do ativo, mas a tendência é que esse fenômeno termine com o tempo.
"À medida que a classe de ativos amadurece e sua capitalização total de mercado aumenta, espera-se que a entrada de capital tenha um impacto menor porque fluirá para uma base de capital maior. Novos fluxos de capital não movimentarão tanto o mercado ou o comprador ou vendedor marginal", avalia a Fidelity.