Facebook vai cobrar 47% de taxa para negociação de NFTs em seu metaverso
A recém renomeada Meta anunciou a aplicação de taxas controversas sobre a negociação de itens virtuais no metaverso da empresa, gerando insatisfação em usuários
Mariana Maria Silva
Publicado em 19 de abril de 2022 às 16h02.
Última atualização em 19 de abril de 2022 às 16h02.
Com novo foco no metaverso, o Facebook mudou de nome e anunciou a integração de NFTs em suas plataformas. No entanto, a negociação dos tokens não fungíveis no ecossistema da Meta pode sair um pouco mais salgada do que o esperado.
Na última semana, a empresa anunciou que permitirá a compra e venda de itens virtuais, incluindo NFTs, no Horizon Worlds sob a taxa de 47,5%. Desta porcentagem, 30% seria uma taxa da Meta Quest Store, e outros 17,5% para o próprio Horizon Worlds.
Antigo Facebook Horizon, o Horizon Worlds é a plataforma de realidade virtual gratuita da Meta. Por lá, os usuários podem construir e explorar mundos virtuais, segundo a empresa. O jogo está disponível nos Estados Unidos e no Canadá desde 9 de dezembro a partir dos óculos de realidade virtual da empresa.
Já a Meta Quest Store é a loja de aplicativos e jogos para utilizar com o Occulus VR. Um porta-voz da empresa confirmou à CNBC a cobrança das taxas, consideradas exorbitantes por muitos usuários, acostumados à metaversos descentralizados como The Sandbox e Decentraland.
Vivek Sharma, vice-presidente da Horizon na Meta, disse ao The Verge: “Achamos que é uma taxa bastante competitiva no mercado. Acreditamos que as outras plataformas podem ter sua participação”.
Desde a sua criação, o OpenSea cobra uma taxa de 2,5% sobre as vendas de NFTs realizadas na plataforma, que atualmente é a maior do setor, com US$ 23,5 bilhões em negociações, segundo dados do DappRadar.
O próprio CEO da Meta, Mark Zuckerberg, havia criticado as taxas aplicadas pela Apple na App Store, que são de 30%. “À medida que construímos para o metaverso, estamos focados em desbloquear oportunidades para os criadores ganharem dinheiro com seu trabalho”, disse ele. “As taxas de 30% que a Apple cobra nas transações tornam isso mais difícil, então estamos atualizando nosso produto de assinaturas para que os criadores possam ganhar mais”, concluiu, em novembro.
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