ETF de bitcoin mais negociado na Europa é listado na bolsa brasileira
BTCE11 é listado na B3 e traz mais uma opção para quem quer investir em criptoativos através de bancos e corretoras "tradicionais'; país chega a 11 ETFs focados em ativos digitais
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 26 de maio de 2022 às 16h08.
Última atualização em 26 de maio de 2022 às 16h47.
Nos últimos anos, o mercado de fundos negociados em bolsa, os famosos ETFs (de "Exchange Traded Funds"), cresceu consideravelmente no Brasil. Acompanhando uma tendência já comum nos Estados Unidos, onde existem mais de 2.600 produtos do tipo à disposição, o país tem visto cada vez mais ETFs listados na bolsa de valores brasileira, vários deles focados em criptoativos. E é justamente este setor que acaba de ganhar mais um ETF na B3.
O BTCetc (Bitcoin Exchange Traded Crypto), que será negociado sob o ticker BTCE11, é mais um ETF focado na principal criptomoeda do mundo. O fundo, criado pelo ETC Group, já é negociado em bolsas europeias regulamentadas, como XETRA (Frankfurt-ALE), Euronext (Amsterdã_HOL) e SIX Swiss (Zurique-SUI). Agora, é mais uma forma de investir em bitcoin através de bancos e corretoras tradicionais também no Brasil.
“Desde o lançamento do primeiro ETP de bitcoin na bolsa alemã, temos levado novas opções de investimento em cripto para investidores de toda a Europa e outros países. Nossa chegada ao Brasil marca mais um passo de nosso processo de globalização, em um momento em que os investidores do país se mostram mais maduros e interessados em diversificar a carteira com produtos cripto. Estamos felizes em poder oferecer aos brasileiros mais uma opção de investimento em títulos baseados em criptomoedas de forma segura e ambiente regulamentado", disse Veronica Pimentel, diretora de Distribuição do ETC Group na América Latina.
O BTCE11 é "o primeiro produto de uma extensa linha que a ETC Group pretende trazer para o Brasil", disse a empresa europeia em comunicado. A chegada ao país ocorre em parceria com a gestora Kanastra, uma plataforma de Asset Management as a Service, com foco em gestão passiva de fundos estruturados – como FIDCs, FIIs, FIPs e ETFs baseados em tecnologia, e será administrado pela Vórtx, fintech de infraestrutura para o mercado de capitais com mais de meio trilhão de ativos em sua plataforma.
Agora, a bolsa de valores brasileira já conta com 11 ETFs focados no mercado de criptoativos, que investem em apenas um ativo digital, como no caso do BTCE11 e de outros como o BITH11 e o QBTC11, ou uma cesta de ativos, como o HASH11, e os temáticos NFTS11, de NFTs, ou QDFI11, focado em DeFi, entre outros. O mais recente deles é o CRPT11, da Empiricus e da Vitreo, que investe nos 20 maiores criptoativos por valor de mercado.
Os ETF são fundos de investimento negociados em bolsa, cujas cotas podem ser adquiridas pelos investidores da mesma forma com quem compram ações, no home broker de suas corretoras ou nos aplicativos de seus bancos e instituições financeiras. Nos EUA, onde são mais populares, esses produtos ganharam destaque por facilitar o acesso a fundos temáticos, que reúnem diversos ativos de um mesmo segmento ou tema.
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