Criptomoedas tiveram pouca participação no financiamento do Hamas, diz Tesouro dos EUA
Os grupos terroristas palestinos, incluindo o Hamas, ainda preferem "produtos e serviços tradicionais", disse Brian Nelson, funcionário do Tesouro dos EUA
Agência de notícias
Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 10h52.
Última atualização em 16 de fevereiro de 2024 às 11h01.
As criptomoedas reponderam por apenas uma pequena parte dos fundos levantados para financiamento dos grupos militantes Hamas e Jihad Islâmica Palestina, e uma reportagem publicada pelo The Wall Street Journal anteriormente afirmando que o grupo recebeu dezenas de milhões de dólares em criptomoedas era imprecisa, disse um funcionário do Tesouro dos Estados Unidos.
"Os números mencionados no artigo do The Wall Street Journal falavam sobre carteiras, mas não necessariamente sobre o [valor] desagregado entre os clientes das carteiras", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em 14 de fevereiro, ao testemunhar perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara.
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Buscando esclarecimentos sobre a questão do papel das criptomoedas no financiamento de ações terroristas, o deputado Tom Emmer perguntou se os valores informados eram o que "as pessoas tinham em suas carteiras e não o que estava sendo especificamente direcionado para a Jihad Islâmica Palestina e o Hamas."
"Isso é o que achamos mais provável", disse Nelson. "Também avaliamos que os terroristas ainda preferem, francamente, usar produtos e serviços tradicionais."
"Os senadores estão redigindo um projeto de lei com base na reportagem imprecisa do Wall Street Journal. Como o Tesouro tem dados precisos, ele tem a obrigação de corrigir o registro sobre o tamanho das iniciativas de captação de recursos de ativos digitais do Hamas", publicou Tom Emmer no X.
O Wall Street Journal corrigiu parcialmente a reportagem originalmente publicada em outubro do ano passado, na qual afirmava que a Jihad Islâmica Palestina e o Hamas receberam US$ 93 milhões e US$ 41 milhões, respectivamente, entre agosto de 2021 e junho de 2023.
Os números da Jihad Islâmica Palestina foram revisados e reduzidos para US$ 12 milhões depois que a empresa de análise de blockchain Elliptic – que forneceu os dados citados pelo Journal – repreendeu a reportagem, dizendo que não havia "nenhuma evidência que sugerisse que a arrecadação de fundos através de criptomoedas tenha levantado algo próximo a esse valor."
Mais de 100 congressistas dos EUA, liderados pela senadora Elizabeth Warren, usaram a reportagem do Journal para angariar apoio para um projeto de lei para restringir o uso de criptomoedas sob o pretexto de riscos à segurança nacional. A indústria de criptomoedas reagiu, alegando que a lei teria pouco efeito prático e levaria as empresas do setor a migrar para o exterior.
Na audiência do comitê, Emmer questionou a quantidade de criptomoedas que os grupos conseguiram acessar, ao que Nelson respondeu: "Não acreditamos que o número seja muito alto."
"Para ser claro", Emmer pediu a Nelson, "o Hamas está usando criptomoedas em quantidades relativamente pequenas em comparação com o que foi amplamente divulgado, correto?"
"Essa é a nossa avaliação, sim", respondeu Nelson.
Emmer então perguntou a Nelson se o Tesouro tem a responsabilidade de corrigir o registro sobre a associação entre criptomoedas e o financiamento do terrorismo, já que "temos senadores que estão criando leis com base nesses números falsos."
Nelson respondeu que o Tesouro estava monitorando o uso de criptomoedas por terroristas. Suas observações preparadas anteriormente haviam solicitado ao Congresso "ferramentas e recursos adicionais" para "erradicar o financiamento ilícito por parte dos participantes dos mercados de ativos virtuais."
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