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Chile adia sua CBDC até o final de 2022 para realizar mais análises

O planejamento do Chile para o lançamento do peso digital no início de 2022 foi adiado enquanto seu banco central realiza mais análises para um novo relatório até o final do ano

O banco afirmou que, embora o sistema de pagamento atual “funcione adequadamente” e tenha sido capaz de “se adaptar bem aos desafios recentes”, uma CBDC melhoraria e mitigaria quaisquer riscos de transformação digital (Jorisvo/Thinkstock)

Cointelegraph Brasil

Publicado em 13 de maio de 2022 às 09h30.

O Banco Central do Chile adiou seus planos para uma moeda digital do banco central (CBDC) dizendo que a emissão de um peso chileno digital requer uma análise mais profunda dos benefícios e riscos, prometendo um novo relatório até o final do ano.

Um relatório do banco publicado em 11 de maio incluiu uma avaliação preliminar de uma CBDC chilena. Ele explorou o atual sistema de pagamento do país, juntamente com os benefícios, riscos e princípios da emissão de um peso digital.

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O banco afirmou que, embora o sistema de pagamento atual “funcione adequadamente” e tenha sido capaz de “se adaptar bem aos desafios recentes”, uma CBDC melhoraria e mitigaria quaisquer riscos de transformação digital, acrescentando:

“Uma CBDC contribuiria para alcançar um sistema de pagamento competitivo, inovador e integrado que seja inclusivo, resiliente e proteja as informações das pessoas.”

-(Mynt/Divulgação)

Em relação à emissão de um peso digital, o banco considera que não há informação suficiente para tomar uma decisão final e “realizará uma série de seminários, apresentações e reuniões com diferentes contrapartes” para informar o novo relatório.

Em setembro de 2021, o banco central do Chile disse que criaria uma estratégia com propostas e opções para a implantação de uma CBDC no início de 2022 e formou um grupo de trabalho para estudar o potencial peso digital.

O banco destacou sua preocupação com a adoção de criptomoedas no país, citando o potencial de uso de criptomoedas na lavagem de dinheiro, atividades ilícitas e a capacidade de interromper o acesso dos bancos às finanças se usadas como alternativa aos depósitos bancários:

“A emissão de uma CBDC também é uma boa alternativa para enfrentar os desafios associados à potencial massificação das chamadas moedas virtuais, que, embora por enquanto tenham um papel muito pequeno no sistema de pagamentos, podem alterar o funcionamento do sistema financeiro. do mercado e da transmissão da política monetária se seu uso se tornar generalizado”.

O Chile ocupa o 18º lugar no mundo em adoção de criptomoedas em 2021, segundo dados da Statista. E 14% dos entrevistados chilenos disseram que possuíam ou usaram criptomoedas naquele ano, o que também marca o Chile como o quarto maior usuário de criptomoedas na América do Sul.

O Chile não proíbe o uso e o comércio de criptomoedas, mas se junta a outros países sul-americanos em sua preocupação com as criptomoedas. No início de maio, o banco central de sua vizinha Argentina interveio para impedir que dois bancos oferecessem serviços de criptoativos, dizendo que precisava “mitigar os riscos que as criptomoedas representam”.

O Brasil também está de olho na regulamentação com um projeto de lei que circula desde 2015 com o objetivo de criar uma agência reguladora para supervisionar o mercado de criptomoedas, aproximando-se da aprovação em meados de abril.

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