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CEO do JPMorgan demonstra desconhecimento sobre bitcoin: "Como vai parar em 21 milhões?"

Apesar de investir em iniciativas com blockchain, o JPMorgan tem CEO que é grande crítico do bitcoin, mesmo sem conhecer detalhes sobre a maior criptomoeda do mundo

Jamie Dimon, da JPMorgan Chase (Getty Images/Reprodução)

Jamie Dimon, da JPMorgan Chase (Getty Images/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 15h13.

Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 15h39.

O CEO do maior banco de investimentos dos Estados Unidos parece desconhecer características importantes sobre um grande representante de uma nova classe de ativos, a qual é um grande crítico.

Na última quinta-feira, 19, Jamie Dimon voltou a criticar as criptomoedas, chamando o bitcoin de “fraude sensacionalista e o comparando com uma “pedra de estimação”.

Tudo isso ocorreu durante uma entrevista que o CEO do JPMorgan concedeu ao programa Squawk Box, da CNBC.

“Eu acho que tudo isso foi uma perda de tempo e porque vocês desperdiçam qualquer fôlego com isso está totalmente além de mim. Bitcoin em si é uma farsa sensacionalista — uma pedra de estimação”.

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Visivelmente incomodado, Dimon respondeu de forma irônica às perguntas do entrevistador sobre as criptomoedas, mas cometeu um deslize ao demonstrar desconhecimento sobre conceitos básicos do bitcoin, a maior criptomoeda do mundo.

Quando o entrevistador rebateu as críticas de Dimon dizendo que o bitcoin “tem todas as características de uma reserva de valor, é imutável, é escasso” e mencionando o limite de emissão de 21 milhões de unidades, o CEO deu a entender que não sabia deste fato.

“Sério? Como você sabe que vai parar em 21 milhões?”, disse Dimon.

Desde a sua criação, o código do bitcoin é programado para parar a emissão de novas moedas em 21 milhões de unidades. Além disso, de quatro em quatro anos ocorre um processo chamado de “halving”, que corta a emissão pela metade, garantindo assim a escassez programada da criptomoeda.

Após o entrevistador explicar como o limite do bitcoin é definido no código, que é aberto e qualquer pessoa pode consultar, Dimon fez sinal negativo com a cabeça e interrompeu o entrevistador novamente:

“Bem, talvez chegue a 21 milhões e a foto de Satoshi apareça e ria de todos vocês. E então Satoshi vai vender os bitcoins e comprar dólares”.

Pelo pseudônimo de Satoshi Nakamoto, uma pessoa ou grupo de pessoas criou o bitcoin em 2009 e sumiu pouco depois, deixando para trás uma carteira lotada de unidades da criptomoeda sem movimentação até hoje. A identidade desta pessoa ou grupo nunca foi descoberta.

Apesar de todo o descontentamento com o bitcoin e as criptomoedas, o JPMorgan já se envolve com a tecnologia há algum tempo e possui até mesmo uma unidade dedicada, a Onyx. Além disso, o banco de investimentos americano está envolvido no desenvolvimento de implementações de blockchain em seus serviços e possui um token próprio, a JPM Coin.

Sobre a tecnologia que serve de base para as criptomoedas, no entanto, Dimon demonstrou uma postura mais branda na entrevista, classificando o blockchain como um “sistema de contabilidade de tecnologia” e contando que o JPMorgan também a usa para “movimentar dinheiro”.

Esta semana durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, outros grandes nomes do mercado financeiro também demonstraram posicionamento semelhante ao priorizar o blockchain ao invés das criptomoedas em suas discussões.

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