Brasil vai na contramão de mercado global e retira R$ 7,8 milhões de fundos de criptomoedas
Investidores brasileiros divergiram de outros países, como os Estados Unidos, e tiveram um saldo negativo de investimentos na semana anterior
Agência de notícias
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 09h30.
O Brasil sacou líquido US$ 1,4 milhão, cerca de R$ 7,8 milhões, de fundos de investimentos em criptomoedas no acumulado semanal encerrado na última sexta-feira, 11. Os saques nacionais nesse período foram na contramão global, que terminou a última semana com um saldo de US$ 407 milhões em entradas líquidas, segundo a CoinShares.
Na avaliação da empresa, o fluxo de entrada de investimentos foi favorecido pelo cenário atual da corrida presidencial nos Estados Unidos por causa da recuperação do republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris nas pesquisas, o que tem sido visto de forma positiva pelos investidores de criptomoedas.
De acordo com os dados relatados pela gestora, Suécia, Hong Kong e Suíça apresentaram fluxos líquidos negativos de US$ 3,6 milhões, US$ 800 mil e US$ 300 mil, respectivamente. Na direção contrária, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Alemanha tiveram depósitos de US$ 406 milhões, US$ 4,8 milhões, US$ 2 milhões e US$ 800 mil, respectivamente.
O total de ativos sob gestão (AuM) voltou a recuar ligeiramente, para US$ 86,65 bilhões, com a Brasil na sexta colocação com um total de US$ 892 milhões investidos no acumulado. EUA, Suíça, Canadá, Alemanha e Suécia ocupam as primeiras colocações com respectivos aportes de US$ 65,45 bilhões, US$ 4,79 bilhões, US$ 4,30 bilhões, US$ 3,60 bilhões e US$ 2,68 bilhões.
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Na divisão por criptoativo, o bitcoin liderou o fluxo de aportes líquidos com US$ 419 milhões no acumulado de sete dias, seguido por cestas multiativos em US$ 1,5 milhão, fundos de XRP em US$ 1,1 milhão, e Solana em US$ 600 mil. Já os fundos de ether e short bitcoin tiveram saques de US$ 9,8 milhões e US$ 6,3 milhões.
Na aferição por gestora e fundos cripto, o principal volume de saques voltou a ser da Grayscale, com um resultado líquido de US$ 65 milhões, seguida por CoinShares e 21Shares, com respectivos saques líquidos de US$ 4 milhões e US$ 3 milhões.
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Em direção contrária, os principais volumes de aportes foram das gestoras BlackRock, Fidelity, Bitwise e ARK Invest, respectivamente em US$ 158 milhões, US$ 138 milhões, US$ 36 milhões e US$ 35 milhões, enquanto outros produtos de investimento cripto totalizaram US$ 108 milhões.
Na semana anterior, os aportes nacionais totalizaram aportes líquidos de R$ 5,3 milhões, em um cenário de aversão ao risco e saques de fundos de criptomoedas em outros mercados internacionais.