Bolsa de Nova York avalia negociação 24 horas por dia após mudanças trazidas por cripto
Presidente da NYSE falou sobre avanços no mercado de criptomoedas e não descartou lançamento de opção de investimento em criptoativos
Redação Exame
Publicado em 31 de maio de 2024 às 17h28.
Última atualização em 31 de maio de 2024 às 18h00.
Lynn Martin, atual presidente da New York Stock Exchange (NYSE) , destacou nesta semana que a empresa segue avaliando a possibilidade de expandir a negociação de investidores na bolsa de Nova York para um período de 24 horas, mudando a atual lógica de funcionamento da bolsa.
Martin falou sobre o tema durante sua participação no Consensus 2024, evento focado no mercado cripto. Segundo a executiva, a possível mudança reflete uma demanda que surgiu entre os investidores após o surgimento e expansão do mercado de criptomoedas , que já funciona na lógica "24/7": 24 horas de negociação nos sete dias da semana.
A executiva explicou que a NYSE está estudando a tecnologia cripto para entender como ela pode ser usada para melhorar o atual sistema de negociação de ativos, incluindo áreas como o registro de liquidações e títulos.
A empresa abriu uma consulta com agentes do mercado em abril deste ano e, segundo Martin, "há várias conversas acontecendo. Estamos muito satisfeitos com as interações". Um dos exemplos citados por Martin é a de aplicação da tecnologia blockchain para reduzir o tempo de liquidação de operações, que ainda leva um dia.
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"A tecnologia por trás das criptomoedas, especificamente a tecnologia blockchain , é ótima. E, é claro, é algo que a indústria vai continuar observando para avaliar como ela pode ser utilizada para termos uma liquidação mais eficiente e transparente", destacou.
No evento, Martin também confirmou que a NYSE vai lançar um produto de investimento em preços futuros do bitcoin e não descartou uma oferta de negociação no mercado à vista para investidores. Para isso, porém, ela disse que será necessário que os Estados Unidos tenham uma "orientação regulatória clara" para o setor.
“O fato de termos visto cerca de US$ 58 bilhões chegando aos ETFs de bitcoin foi um forte sinal de que o mercado está em busca de regulamentação nas estruturas tradicionais. Então, esperançosamente, a SEC vai ver esses fluxos e pensar 'uma clareza regulatória faz muito sentido', considerando que os ETFs têm sido um tremendo sucesso", opinou Martin.