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BlackRock diz que alocação de 1% a 2% para bitcoin em portfólios é "razoável"

Em relatório, maior gestora do mundo pontuou que bitcoin "não pode ser comparado com ativos tradicionais" e pode beneficiar investidores

BlackRock: gestora divulgou estudo sobre investimentos em bitcoin (Bloomberg/Bloomberg)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 17h12.

A BlackRock divulgou nesta semana um relatório em que busca avaliar qual seria a alocação mais benéfica para investidores em bitcoin , considerando a composição de portfólios. O resultado encontrado pela maior gestora do mundo é que uma alocação entre 1% e 2% do total do portfólio é a mais "razoável".

O estudo teve como premissa o foco de que a criptomoeda, lançada em 2009, já passou por "grandes valorizações e vendas", resultando em uma volatilidade que, junto com "características únicas" do ativo, "levantam questões sobre qual papel ele deveria ter em portfólios".

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"O valor do bitcoin aumenta quando sua oferta predeterminada enfrenta uma demanda crescente – e a demanda muda com base em evoluções da crença dos investidores no potencial do bitcoin para se tornar mais amplamente adotado", pontuam os analistas da gestora.

Eles citam como exemplo a disparada da criptomoeda após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, já que havia a visão de que a gestão do político tende a impulsionar a adoção de ativos digitais nos próximos anos.

Nesse sentido, a BlackRock afirma que "o potencial para uma futura adoção generalizada é, portanto, central para o caso de investimento do bitcoin. Acreditamos que o período que antecede a adoção em larga escala é onde os investidores poderão conseguir o maior potencial de retorno futuro".

Entre os elementos que podem impulsionar a adoção da criptomoeda, o relatório cita o uso em transações transfronteiriças, o seu aspecto aberto e descentralizado, a falta de capacidade de governos interferirem diretamente no ativo e sua oferta limitada.

Considerando esses pontos, a BlackRock avalia que "há um caso" para justificar a presença do bitcoin em portfólios multiativos, "desde que você acredite que ele será mais amplamente adotado no futuro e se sinta confortável ​​em assumir o risco de uma queda de preços potencialmente rápida".

"É por isso que os investidores precisam equilibrar os prós e os contras ao decidir se devem investir em bitcoin", destaca a gestora. Sobre o investimento em si, a BlackRock avalia que a criptomoeda possui características e dinâmicas únicas que impedem uma comparação com ativos tradicionais e análises de preço levando critérios tradicionais em conta.

Entretanto, ela afirma que um paralelo com o grupo das 7 grandes ações de tecnologia do mercado é um "ponto de partida útil". A partir disso, as simulações e análises da gestora chegaram à conclusão de que uma alocação de 1% a 2% é a que dá os melhores resultados para os investidores sem expô-los a riscos muito significativos de perda.

"Olhando para o futuro, se o bitcoin realmente alcançar uma ampla adoção, ele também poderá se tornar menos arriscado – mas nesse ponto, poderá já não ter um catalisador estrutural para novos aumentos consideráveis ​​de preço. O caso de investimento com foco em valorização de longo prazo pode então ser menos claro quando isso ocorrer, e os investidores podem preferir usá-lo taticamente para se proteger contra riscos específicos, semelhante ao investimento no ouro", comenta ainda a BlackRock.

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