Exame Logo

Bitcoin pode chegar a US$ 500 mil e "está só no início", projeta gestora

Em relatório, Bitwise afirma que criptomoeda tem potencial para se tornar uma reserva de valor tão usada quanto o ouro

Bitcoin: gestora projeta novas altas da criptomoeda (Reprodução/Reprodução)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 15h11.

O bitcoin acumula apenas nos últimos sete dias uma alta de mais de 17% e tem superado recordes de preço quase diariamente, operando no momento acima dos US$ 88 mil. Entretanto, uma gestora acredita que essa valorização está apenas começando, com potencial para altas ainda maiores.

Em um relatório recente, Matt Hougan, chefe de investimentos da Bitwise, afirmou que a criptomoeda pode estar "prestes a chegar aos US$ 100 mil", mas mesmo quem investir no ativo neste momento estaria "apenas no início" do ciclo de valorização da moeda digital.

Veja também

"Momentos como esses geram ondas de emoção. Aqueles que possuíam bitcoin antes das eleições de novembro estão exultantes, e com razão. Mas muitos daqueles que não sentiram que perderam o barco. Para este último grupo, tenho uma mensagem: vocês ainda chegariam cedo", argumenta.

Para Hougan, o "início" da valorização da criptomoeda se estenderia inclusive até um patamar de preço que pode parecer impensável para muitos:os US$ 500 mil. O especialista explica que a sua projeção ousada reflete a visão de que a criptomoeda deverá chegar no mesmo lugar do ouro.

O preço, afirma, seria a "demarcação correta entre investir cedo ou tarde por uma razão muito simples: marca o ponto onde o bitcoin estaria 'maduro'". O executivo acredita que essa projeção se concretizaria caso dois eventos ocorressem.

O primeiro seria uma demanda maior por ativos de reserva de valor como o ouro e a criptomoeda em meio a um cenário de endividamento crescente de países e uma desvalorização de suas moedas fiduciárias.

Já o segundo seria um crescimento significativo na aceitação do bitcoin como uma reserva de valor, elevando o ativo para o mesmo patamar do ouro, algo que, até o momento, ainda não ocorreu.

"O bitcoin ainda está crescendo, mesmo depois desta última alta. Ainda é considerado novidade quando fundos de pensões fazem um pequeno investimento em cripto. O Departamento do Trabalho ainda alerta os provedores para não colocarem bitcoin em suas carteiras, citando a necessidade de ter 'extremo cuidado'. E ainda há entusiasmo quando grandes investidores de fundos revelam uma visão positiva sobre cripto", comenta.

Nesse sentido, Hougan explica que a criptomoeda só terá a mesma aceitação do ouro quando o seu uso como reserva de valor for trivial, semelhante à ausência de notícias ou comentários quando empresas e fundos usam o ouro com essa função.

Ele explica ainda que a marca de US$ 500 mil leva em conta a atual capitalização de mercado do ouro, de quase US$ 18 trilhões, enquanto o bitcoin ronda os US$ 2 trilhões. Se os dois ativos dividirem o papel de reserva de valor, as aplicações tenderiam a se dividir mais. Em um cenário em que a capitalização total dos ativos de US$ 20 trilhões fosse dividida pelos dois, o bitcoin chegaria a US$ 500 mil.

Para isso, o executivo acredita que será preciso que empresas e governos efetivamente adotem a criptomoeda como reserva de valor. Mas ele alerta que "não há garantia de que o bitcoin algum dia valerá US$ 500 mil. Nem sabemos se ele vai chegar nos US$ 100 mil! O bitcoin é volátil, suas perspectivas são incertas e ele pode recuar a qualquer momento".

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasOuro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Future of Money

Mais na Exame