Após investimento de ídolo do Barcelona, jogo baseado em blockchain quer destronar FIFA e eFootball
Astro do Barcelona FC investe em startup sueca que promete destronar FIFA e eFootball com jogo baseado em blockchain e NFTs
Cointelegraph Brasil
Publicado em 8 de agosto de 2022 às 10h11.
Para muitos, jogos de console como o FIFA e o eFootball são sinônimos de hegemonia de mercado e tentar derrotar estes dois titãs da bilionária indústria de games pode ser comparado a apostar em um time de futebol “de final de semana” derrotando o FC Barcelona, ou outro gigante do futebol mundial.
Ironicamente, Gerard Piqué não pensa desta forma, tanto que o craque do time de futebol da Catalunha integrou uma rodada inicial de investimento da desenvolvedora sueca de jogos baseados em tokens não fungíveis ( NFTs ) GOALS, responsável por levantar cerca de US$ 15 milhões para a plataforma, que se coloca como alternativa aos icônicos FIFA e eFootball.
O aporte, que aconteceu no início de abril, foi liderado pela empresa de capital de risco Northzone e investidores que já estavam no projeto, a Cherry Ventures, a Moonfire e a Banana Capital, além de vários investidores anjos, como Piqué, o cofundador e COO da Sky Mavis (desenvolvedora do Axie Infinity), Aleksander Larsen, e Nicolas Julia, cofundador do Sorare, um fantasy game de futebol que também é baseado em blockchain.
Lançado no final de dezembro, o projeto pode ser considerado ambicioso, uma vez que os US$ 15 milhões levantados pelo GOALS representam pouco mais da metade do número de usuários do FIFA, que possui mais de 25 milhões de jogadores, segundo a desenvolvedora da franquia, a EA Sports FC.
Por trás da árdua missão do GOALS está o cofundador e CEO da startup, Andreas Thorstensson, que não esconde suas críticas ao que considera “falta de inovação do FIFA” ao defender que:
“Você tem um grande titular em uma posição de monopólio. Eles não estão inovando em termos de jogabilidade. É aí que uma startup tem a chance de realmente vencê-los. Mas queremos fazer as coisas um pouco diferente.”
Thorstensson se referia a uma das principais críticas dos jogadores do FIFA, o Ultimate Team, que é a montagem do time com milhares de opções de jogadores, o que representa custo a cada nova temporada com a perda dos jogadores da temporada passada. Por outro lado, o realismo do FIFA, que dispõe de uma rede de revisores de dados com objetivo de garantir as estatísticas dos jogadores, tornou-se uma espécie de obsessão para os apaixonados pelo game.
O GOALS, por outro lado, já adiantou que não pretende investir em licenciamento de jogadores da vida real em razão do custo elevado, mas assegurou que vai tentar alcançar a jogabilidade, realismo e alta definição do FIFA.
Sem a despesa de licenciamento, a plataforma sueca que utilizar os NFTs de jogadores, gerados como ativos digitais pertencentes aos jogadores, para que eles ganhem dinheiro na vida real com a negociação de seus jogadores ou ainda com a opção de saque do valor de seus NFTs, além da possibilidade de exportar os criptoativos para outras plataformas.
Além do FIFA e do eFootball, o crescimento do GOALS também depende da atração dos jogadores tradicionais para o universo dos jogos play-to-earn. Apesar de um levantamento recente ter revelado a popularização dos jogos baseados em blockchain em 2021, quando este mercado movimentou quase US$ 5 bilhões, o segmento ainda representa cerca de 3% da indústria de jogos.
No “campo adversário” estão os jogadores tradicionais, que podem não querem vestir a camisa dos jogos em blockchain facilmente. Tanto que no início de fevereiro, a própria Eletronic Arts recuou ao anunciar que não adotaria os NFTs no FIFA. Em julho foi a vez do Mojang Studios anunciar o banimento dos NFTs no Minecraft.
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