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Após denúncias, Meta adiciona recurso contra abuso sexual em seu metaverso

Chamado de Limite Pessoal, o recurso estará sempre ativo para todos os usuários, e não permitirá que os avatares fiquem a menos de 1,20 metro de distância

Chamada de "Personal Boundary", função vai impedir aproximação indesejada entre avatares (Facebook Reality Labs/Captura de tela/Reprodução)
GM

Gabriel Marques

Publicado em 4 de fevereiro de 2022 às 19h24.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2022 às 19h39.

Após denúncias de abuso sexual dentro da plataforma Horizon, o metaverso da Meta, a empresa anunciou um novo recurso chamado Personal Boundary (ou "limite pessoal", na tradução para o português). Com ele, usuários não conseguirão se aproximar de outros de forma indesejada, tendo sempre uma distância mínima de 1,20 metro.

Segundo publicação no blog da Oculus pelo vice-presidente da Horizon, Vivek Sharma “o Personal Boundary inibe qualquer um de entrar no espaço pessoal do seu avatar. Se alguém o tenta, o sistema trava seus movimentos para frente assim que alcançam o limite. Você não vai sentir — não existirá um retorno tátil. Isso funcionará em conjunto com a medida já existente contra assédios com as mãos, na qual a mão do usuário desaparecia caso tentasse entrar no espaço de outro avatar”.

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O recurso será ligado automaticamente para todos os usuários, já que a empresa acredita ser importante construir normas em um meio tão novo quanto a realidade aumentada. No futuro, mudanças tais como modificar o tamanho do limite e outros controles na interface são planejadas.

Sharma finaliza afirmando que “a realidade aumentada deve ser para todos, e continuamos trabalhando para melhorar a experiência das pessoas com base no feedback da comunidade. Acreditamos que o Limite Pessoal é um importante exemplo de como a realidade virtual tem o potencial de ajudar as pessoas a interagir de forma confortável. É um passo importante, e ainda existe muito trabalho a ser feito”.

A notícia vem um dia após a queda de 25% nas ações da Meta, novo nome da empresa que controla o Facebook. A queda, motivada pelo resultado considerado fraco no último trimestre fiscal da empresa, foi afetada também pelos altos investimentos no metaverso, e chamou a atenção para as vantagens do mercado cripto em relação ao de ações, principalmente quando se fala de volatilidade.

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