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América Latina é 2ª região com crescimento mais rápido em cripto em 2024; entenda o porquê

Pesquisa da Chainalysis coloca a região em segundo lugar quando o assunto é o crescimento acelerado no setor de criptoativos; em apenas um ano, foram movimentados quase R$ 2,3 trilhões

(Frank Lee/Getty Images)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 09h15.

Última atualização em 9 de outubro de 2024 às 09h19.

A Chainalysis divulgou nesta quarta-feira, 9, um novo capítulo do “2024 Geography of Cryptocurrency Report” em que a empresa, especializada em análise de dados em blockchain, revela que a América Latina é a segunda região com crescimento mais rápido em cripto em 2024, atrás apenas da África Subsaariana.

Na região, Argentina e Brasil lideram quando o assunto é a quantidade de dinheiro recebida em criptomoedas. No ranking, a Argentina fica em primeiro lugar com US$ 91,1 bilhões, pouca diferença para o Brasil, que vem atrás com US$ 90,3 bilhões.

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América Latina movimentou quase R$ 2,3 trilhões em um ano

No total, a América Latina movimentou US$ 415 bilhões em criptomoedas em um ano, de acordo com o estudo. O valor, se convertido para reais, chega a aproximadamente R$ 2,3 trilhões.

Esta é uma alta de aproximadamente 42,3% desde o último ano, de acordo com o relatório da Chainalysis.

Enquanto na Argentina as stablecoins seguem ganhando destaque frente ao cenário de instabilidade econômica, inflação e desvalorização da moeda local, no Brasil o interesse institucional é um dos grandes motivos por trás do rápido crescimento.

Instituições brasileiras estão entrando em cripto: por quê?

De acordo com a pesquisa, um dos grandes destaques do Brasil nos últimos tempos com relação ao setor cripto é o aumento no interesse institucional. Os especialistas da Chainalysis acreditam que a atividade institucional brasileira em cripto sugere um “interesse renovado” no setor.

O documento ainda pontua que, apesar do mercado institucional de cripto ser historicamente bem desenvolvido no Brasil, no início de 2023 houve uma queda na atividade de grandes empresas no setor. Isso pode ser explicado pelas fortes quedas que as principais criptomoedas sofreram neste período, conhecido como “inverno cripto”, causadas ainda como um reflexo de escândalos como a queda da FTX.

Os dados compilados pela Chainalysis mostram que da metade do ano de 2023 até agora, no entanto, essa tendência de queda na atividade institucional brasileira de cripto se reverteu. O valor mensal de transações de tamanho institucional (maiores que US$ 1 milhão) aumentou 29,2% entre os dois últimos trimestres de 2023 e 48,4% entre o quarto trimestre de 2023 e o primeiro trimestre de 2024.

André Portilho, head de Digital Assets no BTG Pactual, contribuiu para a pesquisa revelando os fatores que impulsionaram o recente aumento na atividade institucional brasileira em cripto:

“Um fator-chave é a diversificação de portfólios, principalmente à medida que o mercado amadurece. Os investidores estão cada vez mais integrando ativos digitais em suas estratégias de alocação de ativos, vendo-os como investimentos alternativos valiosos que oferecem o potencial para retornos aprimorados. A consolidação do bitcoin e de outras criptomoedas como opções de investimento estabelecidas foi crucial nessa mudança”, explicou.

“A notável recuperação da atividade institucional em criptoativos no Brasil pode ser parcialmente atribuída à evolução regulatória e à entrada de instituições americanas no mercado de criptomoedas, especialmente com o lançamento de ETFs de bitcoin e ether”, acrescentou Portilho na pesquisa “2024 Geography of Cryptocurrency Report”.

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