Amazon, Netflix, Twitter, Google: FTX divulga lista de credores após falência
Corretora de criptomoedas retirou da lista os seus quase 9,7 milhões de clientes com ativos congelados desde novembro
Cointelegraph Brasil
Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 14h00.
Última atualização em 26 de janeiro de 2023 às 14h07.
Uma lista completa dos credores devidos pela corretora de criptomoedas falida FTX foi divulgada na quarta-feira, 25, revelando uma série de empresas — incluindo grandes nomes do mercado — e entidades governamentais envolvidas em seu colapso.
Os advogados da FTX apresentaram o conjunto de credores ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos. O enorme documento de 115 páginas detalha os nomes de seus credores em ordem alfabética. A lista revela a extensa rede global, que inclui companhias aéreas, hotéis, instituições de caridade, bancos, empresas de capital de risco, meios de comunicação e empresas cripto, juntamente com agências governamentais internacionais.
No entanto, os nomes de quase 9,7 milhões de clientes FTX com fundos presos na corretora foram retirados do documento. As empresas notáveis relacionadas ao mundo das criptomoedas e à Web3 que estão entre os devedores incluem Coinbase, Galaxy Digital, Yuga Labs, Circle, Bittrex, Sky Mavis, Chainalysis, Messari e entidades da Binance.
Os gigantes de tecnologia Apple, Netflix, Amazon, Meta, Google, LinkedIn, Microsoft e Twitter também foram incluídos como credores. Os jornais The New York Times, The Wall Street Journal e CoinDesk estão entre os meios de comunicação mencionados.
As repartições fiscais de várias agências estaduais dos Estados Unidos e Receita Federal do país (IRS, na sigla em inglês) também foram listados. Outras entidades governamentais no Japão, Austrália e Hong Kong, entre outros países, são credoras.
A FTX não deve apenas a grandes entidades, mas também a empresas aparentemente menores, já que uma companhia de controle de pragas com sede em Nassau e um centro de jardinagem aparecem na lista.
A última empresa de relações públicas da exchange, M Group, apareceu como credora. A FTX contratou a companhia para representá-la, mas ela disse que parou de trabalhar com a corretora de criptomoedas após a falência. O arquivo não inclui o valor da dívida com cada credor, e a inclusão na lista não significa que ela tinha uma conta para negociação na FTX.
Arquivos anteriores enviados à Justiça em novembro pelos advogados da FTX indicavam que a exchange poderia ter mais de 1 milhão de credores. Em um post no Twitter feito em dezembro, um funcionário demitido da empresa detalhou as despesas de luxo "idiotas e ineficientes" do negócio.
Alguns nomes na lista apontam para os gastos excessivos anteriores da corretora de criptomoedas, como gastos com Uber Eats e Doordash espalhados por todos os Estados Unidos, juntamente com o Airbnb e os nomes de vários hotéis de luxo em todo o mundo.
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